Upa Divinópolis atende gestantes
340 pessoas são atendidas por mês na UPA (Foto: Shaenny Bueno)

Júlia Sbampato

Os vereadores visitaram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis para averiguar a situação que se encontra. Os parlamentares e atuais responsáveis pela comissão de saúde, César Tarzan (PP), Ademir Silva (PSD) e Renato Ferreira (PSDB) foram na tarde de ontem (23) e o vereador Marcos Vinicius (PROS) esteve na manhã desta quinta-feira (24).

Marcos Vinicius contou na Reunião Ordinária que sua visita foi para colocar o dedo na ferida e em busca de resultados. Ele atualizou o diagnóstico que já tinha sido divulgado e diz ter ficado ainda mais sensibilizado com a situação de caos.

“Parece uma situação de guerra”, comenta.

O vereador passou parte da sua visita acompanhando os leitos improvisados, chamados por ele de “puxadinhos”. Com capacidade para 25 pacientes, 40 leitos extras foram espalhados pelos corredores.

O edil conta que os profissionais ali estão em situação de risco, de estresse, sujeitos a agressões e incompreensões das pessoas.

“Muito mais do que uma situação de caos, é uma calamidade pública”, coloca ele.

O vereador Ademir Silva traz alguns números fornecidos pela gerente de regulação da UPA: São 12 pessoas ocupando o CTI – sendo que não era pra ter nem CTI no local. 11 pacientes vasculares esperando vaga em hospital para cirurgia. 20 pacientes ortopédicos por dia para ser atendidos. 108 pacientes ortopédicos esperando em casa.

“É estarrecedor, e se a gente não estiver com o estômago forte, não consegue ver”, traz o edil em sua fala.

Segundo o superintendente administrativo, José Orlando, não estão faltando medicamentos na UPA – no último mês foram gastos R$12 mil em medicamentos, principalmente para casos de emergência.

O vereador César Tarzan também se pronunciou a respeito, dizendo que após a visita ele teve ainda maior certeza que a UPA está em estado de calamidade. Ele coloca que o local foi feito para os pacientes ficarem no máximo 24 horas e atualmente ficam até 30 dias aguardando internação no hospital do estado, com risco de pegar outras doenças.

“É hora de a gente mobilizar e ter diálogo com o Governador de Minas” traz César.