Marina Assis

 

422 exames foram feitos no último sábado (Foto: Letícia Enes/PMD)

422 exames foram feitos no último sábado (Foto: Letícia Enes/PMD)

O Brasil ocupa a quarta posição entre os países com maior prevalência de diabetes, são 13,4 milhões de pessoas portadoras da doença. Isto corresponde a aproximadamente 6,5% da população entre 20 e 79 anos. Só em Divinópolis, estima-se que 12 mil pessoas tenham Diabetes. Destes, apenas 4,5 mil são cadastrados na Secretaria Municipal de Saúde.

 

A estimativa preocupante é que 35% são de alto risco, índice maior que a do Estado, que é de 20%. A doença exige cuidados rotineiros e interromper o tratamento ou não seguir a risca as orientações dos profissionais pode levar a complicações. Entre os riscos estão: infartos, retinopatia periférica, em que os membros devem ser amputados, e outras complicações cardiovasculares.

 

Para evitar o avanço da doença é necessária a realização de exames preventivos. Em Divinópolis, até semana passada, 700 pessoas aguardavam na fila de espera por exames. Para reduzir esse número, foi promovido no último sábado (02) um mutirão. 422 pessoas foram atendidas. A ação também faz parte do Dia Nacional de Prevenção ao Diabetes, comemorado no dia 14 de novembro.

 

Mutirão

 

Em parceria com o Lions Clube Internacional foi realizado o Dia D dos exames de vista com a ajuda de dois médicos. Dos pacientes atendidos, 66 foram diagnosticados com algum tipo de problema. Desses, dois casos foram considerados sérios, a risco de perder a visão e terão o tratamento iniciado na próxima sexta-feira (08). O restante também será tratado. Todo o custeio será por conta do Lions.

 

“Abraçamos esse projeto do Lions Clube Internacional para o nosso município, para promover a consulta oftalmológica dos pacientes diabéticos. Os médicos também são voluntários, e os pacientes diagnosticados com retinopatia dentro de 15 dias serão encaminhados para o tratamento em Belo Horizonte”, informou a presidente do Lions Clube Candidés, Mônica Rodrigues Ramalho.

 

A apoio técnico de hipertensão e diabetes da Semusa, Rosana Alves disse que a ação ajudou a reduzir a demanda reprimida devido a ausência de profissionais. “Temos poucos profissionais para atender a demanda, e a prevenção da retinopatia deve ser feita em todos os pacientes. Todos que vieram foram cadastrados e passaram por um médico clínico, e pediram a avaliação de um oftalmologista. Também temos uma demanda reprimida para o tratamento, e essa parceria, garantindo a cirurgia a laser, vai ajudar a paralisar o desenvolvimento da cegueira nos pacientes com retinopatia”, comentou.