Marina Assis

 

Aproximadamente 1,5 mil pessoas vivem com o vírus da AIDS na região Centro-Oeste. Destes casos, apenas aproximadamente 1,1 fazem o tratamento da doença regularmente, o restante é considerado faltoso ou desistente. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (28), pelo Centro de Testagem e Aconselhamento de Divinópolis (CTA).

 

“O tratamento é algo importante, evita que a situação se agrave e melhora a qualidade de vida do aidético. No caso de uma mulher que é diagnosticada e engravida, se faz o tratamento e o pré-natal direitinho a criança, na maioria das vezes, nasce sem a doença”, alerta a enfermeira responsável do CTA, Francisca Macedo.

 

Para receber o tratamento a pessoa deve procurar o CTA localizado no final da 1º de Junho em frente à policlínica, no Centro de Divinópolis. Lá também é realizado um exame rápido e, caso haja a suspeita são feitos exames mais detalhados em parceria com a Funedi/Uemg. Os pacientes passam por um médico e são cadastrados para receberem o medicamento.

 

“As pessoas são diagnosticadas e se confirmarem a doença, os mais carentes e que não tem condição de pagar pelo remédio, ganham do Estado”, explica Francisca.

 

Prevenção

 

No dia 1º de Dezembro é lembrado o Dia Mundial de Combate a AIDS. Para lembrar a data CTA realizará uma ação de prevenção contra a doença no dia 30 de novembro em frente à policlínica de Divinópolis. Lá serão distribuídos panfletos de conscientização e preservativos. A ação serve para conscientizar e informar a população sobre a doença.

 

No dia também será feito gratuitamente, no local, um exame rápido em que o resultado demora de 15 a 20 minutos para informar se a pessoa está ou não com a doença. A ação será de 8h às 16h.

 

Dados

 

Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2012, O Brasil tem 656.701 casos registrados de aids (condição em que a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico. Em 2011, foram notificados 38.776 casos da doença e a taxa de incidência de aids no Brasil foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes.

 

Observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos, 2001 a 2011, a taxa de incidência caiu no Sudeste de 22,9 para 21,0 casos por 100 mil habitantes. Nas outras regiões, cresceu: 27,1 para 30,9 no Sul; 9,1 para 20,8 no Norte; 14,3 para 17,5 no Centro-Oeste; e 7,5 para 13,9 no Nordeste. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (56%).