Operação Serrana é considerada a maior ação policial contra falsificação em Minas Gerais
Cerca de 1,5 milhão de calçados, entre tênis, sapatos, sandálias, chinelos foram apreendidos na Operação Serrana. A ação foi desencadeada nesta quinta (18), em Nova Serrana, pela Polícia Civil. Ela é considerada a maior já realizada contra falsificação de calçados no Estado.
A carga que encheu seis caminhões será periciada. Ao todo 11 pessoas, proprietárias de estabelecimentos clandestinos, foram conduzidas e poderão ser presas em flagrante por crimes contra a relação de consumo e crime contra a marca.
Mandados
Foram cumpridos um total de 18 mandados de busca e apreensão em fábricas clandestinas e transportadoras, todas agora já interditadas pela Polícia.
“Não constatamos um vínculo entre os estabelecimentos, portanto ainda não há como afirmar se as falsificações eram organizadas por um mesmo grupo criminoso”, disse o delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, da 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
As denúncias, segundo o delegado, partiram de representantes das marcas que eram falsificadas. Eles procuraram a delegacia para informar sobre a falsificação em Nova Serrana. A partir daí elas foram identificadas.
Movimentação
Ainda segundo o Delegado, as investigações apontam que os suspeitos movimentavam milhões em valores, dada o grande volume das apreensões.
“Todo o material era comercializado, sobretudo, nos shoppings populares de Belo Horizonte e São Paulo”, complementou.
Os presos serão conduzidos à sede do Deoesp, na capital, onde serão ouvidos para que a PCMG determine a responsabilidade criminal de cada um.
“A pena total dos dois crimes em apuração pode variar de dois a cinco anos de prisão”, finalizou.
Marcus Vinícius, adiantando que novas fases da Operação Serrana podem ser realizadas em breve. Um dos presos responderá também por posse irregular de arma de fogo.
Assista a entrevista:
Perícia
Após periciado, a PCMG poderá solicitar a doação do material para instituições que acolhem pessoas carentes, caso os produtos não apresentem risco à saúde. Cerca de 50 policiais civis do Deoesp participaram da ação policial.
Fotos: Polícia Civil MG/Divulgação