Segundo levantamento, a maioria da população deve sair as compras na cidade

No próximo domingo, 14, é comemorado o dia dos pais, uma das datas comemorativas mais importantes do comércio varejista em termos de movimentação financeira, ficando atrás somente do natal, dia das mães, dos namorados e das crianças. E o otimismo volta a fazer parte do dia-a-dia dos comerciantes, que segundo pesquisas, o volume de vendas deve ser melhor que em 2021.

De acordo com estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas do dia dos pais em 2022 deverá atingir R$ 7,28 bilhões, o que representará uma alta de 5,3% em relação a mesma data do ano passado. Naquele período o varejo ainda sofria com o processo de retomada na circulação dos consumidores.

De acordo com o professor universitário Wagner Almeida, essa perspectiva positiva para o setor deve-se a injeção de recursos extraordinários pelo governo, como os saques de FGTS, antecipação de 13º e agora mais recente a turbinação do Auxílio Brasil tanto em valor quanto em número de beneficiários.

“Todos esses auxílios fomentarão o consumo e jogarão a favor das vendas. Além de todos esses estímulos, a redução da inflação em julho, por conta da desoneração dos combustíveis deixa o orçamento menos apertado”, destaca.

Em Divinópolis, segundo uma pesquisa realizada entre os dias 3 a 8 de agosto pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-sociais (NEPES) da Faculdade Una Divinópolis, apontou alguns comportamentos do consumidor divinopolitano em relação as compras para o dia dos pais. De acordo com o levantamento, 56,3% dos entrevistados revelaram que planejam comprar presentes para comemorar a data este ano, 39,8% disseram que não pretendem comprar e 3,9% não souberam ou não responderam. Dos que vão presentear 73,8% vão comprar somente um presente.

Sobre os valores desembolsados na compra, 54,6% vão gastar de R$ 50,00 a R$ 200,00. E o meio de pagamento escolhido pela maioria será o cartão de crédito (47,8%). Sobre o local das compras, 41,9% optarão por lojas de rua ou shopping, 31,4% pela internet e 26,7% não souberam ou não decidiram ainda.Com relação aos gastos, 35,8% dos consumidores pretendem gastar menos com as compras para a data neste ano.

“O cenário econômico desafiador em que nos encontramos, como a alta nos juros e a inflação na casa dos dois dígitos, impacta o preço dos produtos escolhidos”, explica o coordenador da pesquisa, professor Wagner Almeida.

Presentes e comemorações

Sobre as opções de presente, destacaram-se na opinião dos entrevistados as seguintes preferências: artigos de vestuário (41,8%), calçados (23,2%), acessórios (18,3%), artigos eletrônicos (10,8%), cosméticos (4,8%) e bebidas (0,8%). Já quando se fala sobre o local da comemoração, 78,9% relatam planos de celebrar o momento em casa ou na residência de familiares. Os empreendimentos de alimentação fora de casa, como bares e restaurantes, representam 31,4% da demanda dos consumidores para um local para comemorar.

Dicas

Ainda segundo o coordenador da pesquisa, professor Wagner Almeida, visando não deixar a data passar em branco, mas sem o risco de comprometer o bolso, algumas dicas e sugestões devem ser observadas, como: não deixar a compra para a última hora, pois as chances de gastar mais e não encontrar o que deseja é grande. Outra dica para quem não quer gastar muito é pesquisar preços e estabelecer um orçamento.

“Aqui vale lembrar, que mesmo quem não vai fazer as compras pela internet, ela é uma ótima ferramenta para checar a média de preços daqueles produtos que estão sendo pretendidos. Outra dica válida é tentar dentro do possível fazer as compras pagando à vista, uma vez que parcelamentos podem acabar comprometendo o orçamento futuro e, por fim, procurar por liquidações e troca de estações”, ressalta.