Deputado falou também em última disputa às eleições e em sonho de ser prefeito de Divinópolis após aposentadoria
Crítico feroz ao que chama de “sistema nojento”, o deputado estadual Cleitinho Azevedo (PSC) disse que a eleição dos irmãos para cargos públicos não o torna parte dele. A declaração foi feita em entrevista ao podcast do Jornal Estado de Minas, nesta quarta-feira (3/8). Pré-candidato ao Senado, ele afirmou que o trio de irmão não é “coronel” em Divinópolis (MG).
No rastro da popularidade de Cleitinho foram eleitos dois dos três irmãos do parlamentar: Gleidson Azevedo, a prefeito de Divinópolis, e Eduardo Azevedo, a vereador, todos do PSC. Este último é pré-candidato a deputado estadual nas eleições deste ano.
“Mostra que eu tenho pavor desse sistema nojento. Se eu participasse dele, eles estavam na ALMG, indicado na Copasa, estavam indicados na Cemig, indicados em câmara municipais. Eles foram pelo processo democrático. O meu voto só não elegeu meu irmão prefeito. Quem votou nele foi o povo. Quem escolheu ele foi o povo. Eles entraram pela porta da frente”, declarou.
Ele ainda alegou que o “incentivo” partiu dos próprios oponentes nas eleições de 2020.
“Todos chamaram meu irmão para ser vice, par ter meu apoio. Aí eu perguntei para meu irmão: você quer ser vice, por que vice não resolve nada. Então vamos dar o troco? Vamos perguntar se eles querem ser vice de você. Nenhum aceitou. Então, você é o candidato a prefeito. Quem incentivou foi eles. Eles cutucaram a onça com vara curta e perderam”, argumentou, dizendo que o único que não convidou o Azevedo para ser vice foi o então prefeito Galileu Machado (MDB).
O deputado, então, continuou:
“A gente não é coronel lá. Não virei político, nem meu irmão para mandar na cidade. A gente vai lá para servir”, afirmou.
Cleitinho disse também que esta pode ser a última eleição dele.
“A gente não tem a verdade absoluta aqui. Podemos mudar sempre. Mas eu queria ser a minha última eleição. Não quero mais disputar. Ganhar essa e não disputar mais”, afirmou, revelando que sonha em ser prefeito de Divinópolis.
“Tenho sonho de ser prefeito da minha cidade, mas depois que eu tiver aposentado e dar essa contribuição para a cidade, não receber salário. Isso é mais para frente. Quero disputar essa eleição e deixar meu legado. Estamos de passagem mesmo”.