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Que o jornalismo está mudando, isso já não é novidade para ninguém. Com a criação de internet no período pós guerra e sua evolução a passos largos nos últimos 60 anos, acompanhada de bem perto pelo avanço tecnológico, não tardou para que a arte da comunicação fosse alterada definitiva e radicalmente. Mas hoje, o que isso significa? Como se comporta o jornalista na era do ciberespaço?

 

Uma pesquisa realizada no final de 2013, pela Vianews Comunicação Integrada, revelou algumas mudanças de comportamento nos profissionais que atuam no mercado da informação em todo o mundo, inclusive o Brasil. O primeiro ponto que mais chamou a atenção foi o aumento do uso dispositivos móveis (smartphones e tablets) para gerar renda. Em 2013, 8% dos entrevistados já ofereciam aplicativos para acesso móvel. Em 2012, foram somente 5%, o que representa um aumento de quase 100% em um ano. No Brasil, mais de 35% informaram que suas empresas oferecem aplicativos para acessar o conteúdo do veículo, seja rádio, impresso ou tv. Pode parecer pouco, mas esse aumento segue a tendência mundial no uso de aparelhos móveis. A Telebrasil informou que em 2013, foram mais de 100 milhões de acessos à internet por meio desses aparelhos, mais de 50% de aumento em relação a 2012.

 

Outro ponto que a pesquisa revelou é que a chamada mídia tradicional já não guarda o relato do acontecimento para ser noticiado no dia seguinte (impresso) ou no jornal do horário nobre. Cerca de 40% dos entrevistados apontou que a notícia online tem prioridade. No Brasil ainda não adquiriu essa percepção, porque somente cerca de 25% seguem essa tendência.

 

Além disso, as redes sociais se mostraram importantes recursos para a apuração de matérias, com 42% utilizando as redes para verificar histórias que já estão trabalhando (os blogs ficaram em segundo lugar, com 37%). Porém, o Brasil ainda se mostra tímido quanto ao uso pesado das redes para auxiliar na produção jornalística: quase 60% afirmaram que ainda preferem pronunciamentos oficiais de assessorias de imprensa, porta vozes, comunicados oficiais e redes sociais com perfis oficiais/institucionais.

 

Por fim, a exposição do jornalista tem se mostrado uma fermenta útil para divulgação e auto promoção, principalmente nas redes sociais. Mais da metade dos entrevistados (55%) apontou que o uso de blogs é de um bom meio para se construir um perfil. No Brasil, 80% afirmaram que possuem conta no Facebook e acreditam na sua relevância. Já o twitter, 59% dos jornalistas no mundo inteiro dizem fazer uso do micro blog.

 

Para essa pesquisa, foram entrevistados jornalistas de 14 países e o reflexo que aparece aqui é o jornalismo se reinventando para sobreviver. O Brasil pode até estar ainda caminhando um pouco devagar em relação as novas tendências, mas a produção de webjornalismo está ainda sendo feita e muito há de ser estudado, principalmente com as novas definições de jornalismo colaborativo.

 

Logo, o ideal para aqueles que querem entrar no mercado e também para aqueles que querem continuar nele, quebrar barreiras e fundir a mídia tradicional com a virtual, buscando engajar todos aqueles que tem poder de influenciar sua marca. Além disso, o profissional do futuro (ou seria do presente?) deve ser multitarefa: escreve, fotografa, filma, edita, publica, compartilha e monitora. Já não há mais espaço para quem só sabe determinada função. Agora é a vez do especialista em generalidades.

 

Por fim, pense no todo: mobilidade, interatividade e visualidade. A internet é muito mais do que uma mídia. Ela é um suporte que mudou a forma de como vivemos e compreendemos a realidade. Portanto, o jornalismo que lida com a realidade foi afetado diretamente e precisa oferecer recursos que vão de encontro com esse suporte que cada vez mais se torna popular no mundo todo.