Por Rodrigo Dias
Os antigos tinham razão: quem com ferro fere, com o ferro será ferido. Os mais espiritualizados podem dizer que esse dito popular, entre outras coisas, encerra, em si, a lei da atração.
Quem deseja o mal e faz o mal para outrem, faz o mal pra si. É como se em algum momento o universo devolvesse a nós o que fora semeado ao longo do tempo.
Não tem jeito, a vida da gente é roda-gigante. Por ser assim, é cíclica e os momentos bons e ruins se alternam no transcorrer da própria vida. O que muda é o tempo de ação, tanto das coisas boas quanto das coisas ruins.
O que isso significa? Estar preparado para saber lidar com cada momento. Ter resiliência para transpor os momentos adversos e clareza para identificar e valorizar o que de bom nos é apresentado pela vida.
Ter essas e outras noções implica na duração do tempo em que se permanecerá em cada ciclo nos giros que a vida dá. Quanto mais consciente, menor será o impacto das surpresas e mais saborosas serão as conquistas.
Nesta arapuca política que vivemos, nos últimos tempos no Brasil, a lei da atração parece estar agindo sobre os principais atores envolvidos nesta trama. O problema, neste caso, é que todo malplanejado e executado, além de atingir quem promove, atinge a população.
Sofremos esses rescaldos exatamente porque, em boa parte dos casos, temos culpa, pois escolhemos o quadro político que aí está. Se não escolhemos, nos condicionamos a este jogo político. A omissão e apatia também são formas de movimentar esse jogo.
Pode até parecer piegas, mas se não houver um resgate do homem e da moral, pouca coisa mudará depois que esse mar de lama se acalmar. Como bem diz um conhecido: é imperioso resgatar valores. Aqueles que apontam para o que é bom e justo.
O Brasil é um país de dimensões continentais, multicultural e com profundos abismos sociais. Com tantas desigualdades e carências urge a necessidade de introduzir, cada vez mais, um novo conceito: o da equidade.
Tratar de forma justa e dentro das suas diferenças cada cidadão é sinal de amadurecimento e de uma sociedade mais equilibrada e que vibra num mesmo sentido até que distorções históricas sejam resolvidas. No mesmo momento em que se dá garantia de evoluir quem está um passo mais adiante.
Política é equação e coração. É ter vista ao bem comum, à proteção e ao desenvolvimento do coletivo respeitando as diferenças.
A roda-gigante gira, para nós e para o Brasil. Saibamos, então, entender esse fenômeno. Nos reconhecendo, no tempo e espaço da ação das coisas e situações.