(Foto: Divulgação/Arquivo)

Ana Amélia Vieira

(Foto: Divulgação/Arquivo)

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As aulas da Orquestra Jovem Dom Sebastião Roque Rabelo Mendes estão sendo no museu de Itapecerica, já que o Centro Cultural (onde funciona a sede da orquestra) está sendo reformado. 

O museu é uma casa antiga, linda, e se localiza na praça do hospital, tendo uma vista privilegiada da Igreja Matriz de São Bento. O único problema é que o museu não cumpre a sua verdadeira função, que é preservar e mostrar a rica história de nossa cidade.

Em uma das aulas da orquestra, percebi que os objetos que fazem parte da história da cidade, estão jogados em um canto, sendo esquecidos pelo tempo. O que justifica isso?  Talvez a falta de preocupação e interesse das autoridades ao longo da nossa história de preservar o que nos é tão rica e valiosa, a nossa cultura.

Itapecerica é uma cidade rica culturalmente e, para nós, é triste ver nossa história jogada num canto qualquer. Temos duas bandas, igrejas com mais de duzentos anos, casarões espalhados por toda a cidade e praças com monumentos para se visitar. Temos ainda, os festivais de Inverno e Gastronomia, o carnaval “Itabeleza” e os Reinados. Há ainda, a beleza da quaresma, com o Setenário das Dores e as procissões na Semana Santa. A cidade das rosas, da fé e da música.

Somos privilegiados por viver nessa cidade. O turismo constitui-se numa atividade econômica importante. É necessário que as autoridades tenham mais zelo com o que nos restou do legado cultural que os nossos antepassados nos deixaram.

A cultura de uma cidade deve ser mantida, principalmente, aquelas que sobrevivem por séculos, como a de Itapecerica. A história do município deve ser passada de geração em geração, mantendo tradições e hábitos. É isso que faz a historia de um lugar e que dá características tão peculiares ao local.  

Nós, jovens devemos preservar e manter a cultura de um local, mas para que isso ocorra é preciso que as autoridades se preocupem em resguardar a nossa a história. Apenas assim, tradições milenares poderão ser mantidas. E não queremos que as nossas sejam abandonadas num canto qualquer.

Deixo aqui o meu grito de socorro e indignação.