Prefeitura ignora problema e apesar das tentativas do morador de buscar soluções, ela mantém ladainha de “formalização”

Entre janeiro e março deste ano, o PORTAL denunciou um problema causado por um bota-fora, que tomava as ruas que ligam os bairros São Lucas e São Geraldo. Entulhos e lixos despejados no local ocupavam boa parte do espaço. Desde então o loteamento foi limpado, cercado e a situação teve uma solução. Porém, um outro contratempo está causando uma grande dor de cabeça para quem circula no entroncamento das ruas Marechal Hermes, Marechal Deodoro e Ipê Roxo.

Segundo Amilton Augusto, morador da região, desde quando o lote foi cercado, o lixo começou a ser jogado no meio da rua, na qual o espaço é cercado. Com isso, o acesso das vias foi completamente prejudicado, como é mostrado através das imagens que o morador encaminhou.

“Neste cantinho do bairro, ainda não tem muitas casas, então é um espaço de dois, três quarteirões, que liga ao bairro São Geraldo e possuem residências depois. Então o pessoal deixou de jogar lixo no loteamento e começou a fazer isso no meio da rua, com isso fecharam a passagem e não dá para passar na via nem a pé mais, por conta dos lixos, quem dirá de carro ou de moto. Obstruíram toda a passagem da rua, jogando lixo”, disse Amilton ao PORTAL.

Ainda de acordo com o morador, os resíduos são descartados por pessoas que passam pelo local e até por pequenas empresas. Ele contou que conseguiu identificar uma loja de móveis e ligou para o proprietário, que fez com que parte do problema fosse solucionado, porém o lixo continua a ser despejado de outras maneiras, até mesmo pelo caminhão da Empresa Municipal de Obras Públicas (EMOP).

“O tempo todo, vem alguém diferente, às vezes pequenas empresas ou pessoas que fazem uma pequena reforma em casa e jogam esse lixo. Identifiquei restos de placas de postos de combustíveis (…), tem caixa d’água, restos de telha, poda de árvore, lixo doméstico”, conta.

“A prefeitura nunca apareceu, inclusive um dia, eu vi um caminhão da EMOP jogando lixo por lá, mas quando fiquei próximo para gravar o caminhão, eles já estavam terminando o serviço e foram embora, infelizmente não consegui registrar”, ressaltou.

Moradores e empresas fazem o descarte (Foto: Divulgação)

O morador conta que está tentando entrar em contato com a Prefeitura para fazer uma limpeza do local e que já ligou para a EMOP, porém um outro número, este da SEMOP, foi repassado e neste último, um outro telefone também foi encaminhado, sem ainda ter obtido um retorno. Persistente para solucionar o caso, Amilton desabafa, dizendo que após diversas promessas feitas pela Prefeitura, nenhum fiscal apareceu no local e qualquer outra medida sequer foi tomada.

“Já foram informados pela imprensa e nunca tiveram uma medida efetiva, de virem até o local, colocar um aviso, fazer uma limpeza periódica e chegamos em uma situação que a quantidade de lixo é tanta, que fechou a rua, não passa mais ninguém”, finalizou.

Prefeitura

Em nota, a Assessoria de Comunicação ignora toda a burocracia, o histórico de reclamações e mantém “a ladainha” de formalização da denúncia. Porém, ela já foi registrada outras vezes como mostrado pelo PORTAL. Os relatos do morador também mostram a burocracia para conseguir chegar até o responsável.

Veja a nota completa:

“O morador pode denunciar as situações irregulares pelos canais oficiais. As denúncias podem ser realizadas pela internet ou pessoalmente pelo setor de protocolo. Pela internet, através do site www.divinopolis.mg.gov.br. Na lateral direita do site é necessário acessar o link cidadão e depois em denúncia ambiental, obras e postura e siga os passos.

Pelo setor de protocolo o contribuinte pode se dirigir ao prédio da Prefeitura na rua Pernambuco, n° 60, Centro, no térreo; ou no Centro Administrativo na avenida Paraná 2.777, Belvedere e fazer a denúncia via protocolo.”