Vereador falou em crime de falsidade ideológica contra Adair, entretanto não houve ação ou condenação contra emedebista
O vereador de Divinópolis, Adair Otaviano (MDB) ameaçou acionar a Comissão de Ética contra César Tarzan (PP). Em troca de farpas e acusações, Tarzan citou um possível crime de falsidade ideológica cometido pelo emedebista.
“Quando ele fala da honestidade dele, ele não diz do crime de falsidade ideológica, quando teve que fazer um estágio de direito e mandou um assessor no lugar dele”, citou Tarzan.
A história foi relatada na época pelo Jornal Agora e ficou conhecida como “cara crachá”. Entretanto, o caso nunca foi para frente e não houve acusações judiciais contra o vereador.
Sem nenhuma ação na justiça o envolvendo ou qualquer indiciamento por falsidade ideológica, Adair disse que irá acionar a Comissão de Ética.
“Estou com o currículo limpinho. Ele me acusou de algo que não devo. De 2001 a 2019 não há nenhum processo relacionando a faculdade. Nunca fui sequer citado no poder judiciário. Não devo nada a justiça”, declarou Adair.
Ataques
O desentendimento teve início na reunião da terça-feira (12). Tarzan, sem mencionar nomes, chamou Adair de “paraquedista”. Disse que ele tinha caído de paraquedas onde ele não tinha conhecimento. A rixa era em relação a limpeza de praças e o “pai” das feitorias.
Não satisfeito com o termo usado pelo vereador, Adair rebateu, também sem mencionar nomes, dizendo ter uma vida pública limpa desde 2001 quando chegou na câmara.
“Se alguém caiu ou chegou de paraquedas, não fui eu. Cheguei aqui em 2001, com o currículo limpinho e há quase 19 anos nesta casa, ele continua assim e transparente, da mesma forma, ao contrário de outros, que acabaram de chegar e já estão indiciados, segundo a imprensa falada e escrita”.
Ofendido, Tarzan voltou a atacar Adair em pronunciamento, citando o suposto crime.
A Polícia Federal (PF) indiciou César Tarzan pelo crimes eleitorais de compra de votos, falsidade ideológica e boca de urna – em duas modalidades. Ele também é acusado – no âmbito penal – por falsidade ideológica e concussão.
A assessoria de comunicação de Tarzan disse que em nenhum momento ele acusou Adair de estar respondendo pelo crime. Ainda segundo a assessoria, na fala ele apenas citou o fato ocorrido com base em informações da imprensa que, caracteriza, falsidade ideológica.
“Se tem processo ou não já é com a Justiça”, afirmou a assessoria.
