Vereador cobrou conclusão do hospital regional; “São 10 anos de velas apagadas que significam luto”, afirmou
O vereador Ademir Silva (MDB), durante seu pronunciamento na Câmara Municipal nesta quinta-feira (11/03), questionou os 10 anos de paralisação das obras do Hospital Público Regional. Com um bolo em mãos, simbolizando os anos parados, o vereador foi enfático ao cobrar agilidade no término das obras e a responsabilidade do governo do estado na falta de leitos na região.
Com 80% das obras concluídas, o Hospital Regional serviu de palanque político por muitos anos. “Candidatos a governador, a deputado, a prefeito tem usado a obra, enganando o povo e levado nossos votos. São 10 anos, esse hospital que poderia estar salvando, estamos vendo as pessoas morrerem por falta de leitos, por falta de recursos. São 10 anos de velas apagadas que significam luto, de pessoas que morrem por incompetência, por falta de amor ao próximo dos nossos governantes. Esses políticos que levam nossos votos e nada fazem por nós e estamos pagando com vida a falta de competência e compromisso com nossa cidade”.
O edil mostrou sua indignação com o descaso do governo do estado pela saúde em Divinópolis, após o cancelamento da visita do secretário estadual de saúde, Carlos Eduardo Amaral.
“O Zema teve 93 mil votos em Divinópolis, esse número ninguém nunca teve. E só veio aqui poucas vezes, a passeio, sem trazer recursos ou obra, ou para namorar. Tenho certeza que ele perdeu muitos votos, porque muitas pessoas morreram sem vaga no hospital”, destacou o vereador.
Mesma crítica
Na reta de Ademir, a mesma crítica ao governador foi feita pela vereadora Lohanna França (Cidadania). Ela citou a ausência do governador falar sobre as críticas recebidas ao propor o “fechamento da cidade” devido ao aumento da ocupação de leitos, principalmente, no Centro de Terapia Intensiva (CTI – COVID Infantil).
“Considerando esses números, a não ser que o governador resolva se mover, parar de vir para cá, como brilhantemente pontuado pelo vereador Ademir, para passear e namorar, a não ser que ele resolva vir para cá trabalhar e abrir esse hospital regional, e se isso for feito eu vou comemorar, considerando os nossos números e os leitos que a gente tem hoje, com 100% de ocupação de CTI’s, mães, pais, se sua criança precisar, e aí?”