Advogado de Divinópolis está entre alvos da operação de fraude bilionária contra INSS

Minas Gerais
Por -24/04/2025, às 14H06abril 24th, 2025
Policia Federal investiga fraude de R$ 6,3 bilhões em benefícios do INSS e cumpre mandado em Divinópolis.(FOTO: Divulgação PF)
Policia Federal investiga fraude de R$ 6,3 bilhões em benefícios do INSS e cumpre mandado em Divinópolis.(FOTO: Divulgação PF)

Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do homem; rombo chega a R$ 6 bilhões contra pensionistas e aposentados

Um advogado de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, está entre os alvos da operação Sem Descontos – desencadeada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) -, que apura um esquema bilionário de descontos associativos não autorizados aplicados em benefícios do INSS.

Divinópolis: Apreensões na casa do advogado suspeito de fraude no INSS

Na casa dele, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão, com recolhimento de caminhonete, um notebook, assim como outros computadores. A polícia não revelou a identidade do advogado.

A investigação ocorreu em 13 estados e no Distrito Federal. O foco está em irregularidades na cobrança de mensalidades associativas descontadas diretamente dos benefícios previdenciários. Além disso, prática acontecia sem o consentimento dos aposentados e pensionistas.

Rombo de R$ 6 bilhões e demissão no INSS

As entidades envolvidas teriam desviado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Diante da gravidade das descobertas, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, exonerado do cargo na terça-feira (22/04), véspera da operação.

A demissão publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Portanto, o governo optou pela troca no comando diante do impacto político e financeiro do escândalo.

Segundo a PF, esta é uma das ações mais sensíveis da história do órgão. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, comunicaram pessoalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a operação. O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada.

Crimes investigados

Além disso, os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O Ministério da Justiça convocou uma reunião emergencial. Novas fases da operação não estão descartadas.