Advocacia-Geral da União aciona STF para apurar movimentações atípicas no câmbio após anúncio de tarifa de Trump contra o Brasil
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma investigação urgente sobre possíveis ganhos financeiros ilícitos relacionados ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. O pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes no sábado, dia (19) e visa apurar movimentações suspeitas no mercado cambial antes e depois do anúncio de Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras a partir de 1º de agosto.
De acordo com a AGU, há indícios de que informações privilegiadas tenham sido usadas para lucrar com a alta do dólar antes do anúncio oficial. A entidade acredita que esse possível crime pode estar ligado a outras ações já investigadas pelo STF, inclusive envolvendo obstrução da Justiça.
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O inquérito citado já investiga o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teria atuado junto ao governo norte-americano para influenciar medidas de retaliação contra o Brasil. Eduardo está licenciado do mandato e atualmente vive nos Estados Unidos. A licença, que se encerraria neste domingo (20), ocorreu sob a justificativa de “perseguição política”.
Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo recente de operação da Polícia Federal no mesmo processo. Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica e o proibiu de sair de casa à noite, após a Procuradoria-Geral da República alegar risco de fuga.
O governo brasileiro tem criticado duramente o tarifaço. O presidente Lula classificou a medida como “chantagem inaceitável”. Já a China, principal parceira comercial do Brasil, acusou os Estados Unidos de intimidação econômica.
Enquanto isso, setores do comércio de autopeças apontam prejuízos iminentes, especialmente para montadoras brasileiras com operações nos EUA.


