Sofremos com um governo central negacionista, que patina nas suas estratégias de combate ao Covid-19

Fevereiro passou e com ele registrou-se um ano da Covid-19 no Brasil. O primeiro caso da doença foi verificado em 26 de fevereiro de 2020, na cidade de São Paulo, e de lá para cá se espalhou em todo o território nacional.

O Brasil é gigante e os números da Covid-19 por aqui também são. O Brasil só perde no número de mortos para a doença para os Estados Unidos. Lá são quase 515 mil, e por aqui passam de 255 mil. O detalhe nesses números é que na terra do Tio Sam a vacinação segue em ritmo acelerado e, por aqui, a passos de tartaruga.

Isso significa que a tendência é a Covid ficar sob controle nos próximos meses por lá. Enquanto no Brasil… Bom, melhor nem chutar. Nos Estados Unidos o novo governo tem o compromisso de salvar vidas e cessar a doença. O mesmo não se vê por aqui. Sofremos com um governo central negacionista, que patina nas suas estratégias de combate ao Covid-19, além, é claro, de estar de olho nas eleições de 2022 e por isso politiza a pandemia. Ele e outros.

Confusa, boa parte da população que anda de saco cheio com tudo isso, relaxa nas medidas de proteção e o que se vê de norte a sul é gente se aglomerando. Segundo os especialistas, o resultado de tudo isso se verá nas próximas semanas.

O sistema de saúde, que se mostra falho ou saturado em várias cidades e estados, como no Amazonas e Acre, deverá entrar de vez em colapso e cenas como pessoas amontoadas nas portas dos hospitais e com falta de oxigênio serão cada vez mais frequentes.

Engana-se que isso será sina só de região pobre. O sul do Brasil, uma das regiões mais desenvolvidas do país, tende a entrar em colapso logo. Por lá a falta de leitos e o alto número de casos é uma realidade crescente. Para piorar o Brasil registrou ontem, 02/03, 1.726 mortes, nas últimas 24 horas, por Covid. Superando, assim, o recorde anterior de 1.582 óbitos em um dia, registrado em 25 de fevereiro.

Como para a criação de uma “tempestade perfeita” é necessário a combinação de vários fatores, no caso do agravamento da pandemia no Brasil isso não é diferente. Somado ao que foi pontuado até aqui vale lembrar que estão em circulação no país duas variações desse vírus: a de Manaus e a britânica.

O que muda com isso? O ritmo de contágio, que pode ser de 50 a mais de 70% maior do que a primeira geração do vírus. Isso, de acordo com especialistas, pode ajudar a explicar o aumento no número de casos. Mais gente doente, mais gente vindo a óbito.

Há um ano o percentual de pessoas em casa era muito maior. Hoje a realidade é outra, e apesar da doença o “novo normal” não está longe de ser o normal de sempre. O que, em plena pandemia, ainda fora de controle, é um erro.

Talvez, por essa razão, cresce o número de vozes de cientistas e de políticos defendendo a adoção de medidas mais restritivas para diminuir o contágio até que a vacinação avance de fato.

Com um ano de Covid-19 no Brasil é essa a realidade e continuamos sem motivos para comemorar, mas com muitos para nos cuidarmos ainda mais.

Fevereiro, festeiro, deixou pra março seus embaraços. Gente aglomerada, sistema de saúde em colapso. Quem deveria cuidar, faz folia… Tampouco atina. Não faz conta dos mortos, negligencia, demorou a se preocupar com a vacina. Pensa é nos votos… Que já tem no curral. Mais um que morre fica dentro da estatística…

Não critica, bora pra rua! Que tá normal.