Convênio deve ser assinado ainda hoje e obras iniciadas nesta terça-feira (6/4) para atender COVID
O convênio para a abertura de leitos emergenciais para COVID-9 no Hospital Regional, em Divinópolis, deve ser assinado ainda nesta segunda-feira (5/4). A informação foi divulgada pelo secretário de saúde Alan Rodrigo Silva. Assinado, as obras devem ser iniciadas ainda nesta terça-feira (6/4). Ele irá funcionar como um hospital de campanha.
“Já foi feita a limpeza das áreas externas. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está praticamente pronta, só começar as obras e em menos de 20 dias os leitos de UTI já estarão possíveis de serem utilizados”, explicou.
As obras serão divididas em três etapas. A primeira com a liberação de 10 leitos de UTI e outros 20 de enfermaria em 20 dias a contar do início das obras. Na segunda fase, também serão liberados 10 vagas de terapia intensiva e outros 10 leitos clínicos.
“Na terceira fase é o término das áreas de apoio que são os acessos ao redor”, explicou.
Os leitos serão instalados em uma área mais avançada das obras do hospital regional. Deverão ser liberados R$3,6 milhões para o término e a gestão deverá custar R$950 mil por mês.
A administração ficará por conta do Cis-Urg – Oeste, consórcio responsável pela gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Também será responsabilidade do consórcio o desafio da contratação de mão de obra para formação das equipes.
“Ele não capta apenas local, ele é macro, ele tem uma capilaridade para buscar profissionais maior do que o serviço local”, explicou Silva.
Alento
A abertura de novos leitos soa como alento, mas mesmo assim o cenário continua crítico.
“Estamos observando que os pacientes estão evoluindo muito mal e rápido. Estão demandando UTI cada vez mais rápido”, afirmou o secretário, citando a possibilidade da variante já está em circulação na região.
Isso significa uma demanda maior por leitos de UTI. Para tentar minimizar, o município começou a testar o capacete Elmo, doado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg – Oeste).
O aparelho, uma invenção brasileira, é um suporte de ventilação não invasivo que evita em até 60% as intubações e auxilia na recuperação pulmonar.
“A gente está usando essa estratégia, tentando inovar de todas as maneiras possíveis, buscar alternativas, mas independentemente do que a gente fizer, se a população não mudar o comportamento frente a pandemia, a gente, realmente, não ver melhora em curto prazo”, alertou.
O hospital regional atenderá toda a macrorregião oeste e as vagas serão reguladas pelo SUS-Fácil, isso significa que pacientes de outras regiões também podem ser internados na unidade.