Pesquisadores da UFSJ e da UFMG desenvolveram tecnologia que pode ampliar o acesso ao diagnóstico pelo SUS
A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai homenagear os pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento de um teste rápido para diagnóstico da doença de Chagas. A reunião solene para entrega dos votos de congratulações acontecerá nesta quinta-feira (26/6/2025), às 16h, no Plenarinho II, em Belo Horizonte.
A proposta da homenagem partiu da deputada Lohanna (PV), que elogiou o trabalho conjunto das equipes da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo ela, o avanço representa uma inovação importante para a saúde pública, especialmente no combate às doenças tropicais negligenciadas.
O teste rápido de Chagas utiliza amostras de sangue e é capaz de identificar a infecção com alta precisão em até 15 minutos. Esse diferencial pode transformar o cenário de diagnóstico da doença no Brasil, já que atualmente a maioria dos kits usados no país é importada, o que encarece o processo e limita a distribuição, principalmente em áreas remotas.
Além disso, com a validação da pesquisa em andamento, o novo teste poderá futuramente ter incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, democratizando o acesso ao diagnóstico precoce da doença de Chagas, ainda bastante comum em regiões com infraestrutura limitada.
A pesquisa teve a coordenação do professor Alexsandro Galdino, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UFSJ, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. O estudo recebeu financiamento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).
Combate à doença de Chagas: teste rápido é inovação mineira
Transmitida principalmente pelo barbeiro, um inseto que se alimenta de sangue, a doença de Chagas representa um desafio de saúde pública. O parasita Trypanosoma cruzi, presente nas fezes do barbeiro, pode entrar no corpo humano por meio de pequenas feridas ou mucosas. Desta forma, causando uma infecção que, se não tratada precocemente, pode comprometer o coração e outros órgãos.
A criação do novo teste representa um marco científico e social. Conforme destacado pela deputada Lohanna, “trata-se de uma conquista que une ciência, inovação e cuidado com as populações mais vulneráveis”.
