Gasolina na cidade custa em média R$4,31, de acordo com a ANP
Marcelo Lopes
Abastecer o veículo nos postos do país tem sido sinônimo de susto para os motoristas, com surpresas nada agradáveis. Os constantes reajustes nos preços de combustíveis, devido ao sistema internacional de precificação do petróleo adotado pela Petrobrás e que está em vigor desde julho de 2017 vivem dando dores de cabeça para quem precisa de seus veículos, independentemente de sua utilidade.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina em Divinópolis está custando em média R$4,31 e desde que essa política foi adotada, a gasolina acumulou alta de 27,9% nas refinarias e o diesel acumula 24,48%, tendo uma tendência de crescimento.
“A oscilação diária desses preços podem influenciar diretamente no planejamento orçamentário das empresas, que por sua vez não tem como controlar e muito menos como prever o preço do combustível, o que não ocorria anteriormente”, diz o economista e empresário Luiz Ângelo, em entrevista à Câmara de Dirigentes Lojistas de Divinópolis (CDL).
O economista também explica que, a política adotada de precificar de acordo com o mercado internacional é utilizada em muitos países, porém o que deixa o produto brasileiro mais caro são os altos impostos.
A situação afeta também quem trabalha com o transporte de passageiros. O motorista Deivison Soares, diz que devido a constante mudança de preços acaba se resultando em um aperto no orçamento de suas viagens.
“Fizemos o nosso plano de gastos de acordo com o preço de combustível que estava regulamentado. De repente toda semana o preço aumenta e o planejamento da gente vai por água abaixo”, diz.
“Acaba que mesmo o combustível estando caro, em um valor exorbitante e que às vezes vamos deixar de ganhar, para arcar com os compromissos e continuarmos no mercado, trabalhando, infelizmente temos que pagá-lo e ficamos reféns das tarifas”, completa o motorista.
Já os donos de postos não têm o que reclamar. Geraldo Magela, dono de rede de postos em Divinópolis e no mercado há 13 anos, diz que seu investimento mantém a sua margem de vendas favorável mesmo com o ajuste nas tarifas.
“A minha estratégia é manter uma margem, conseguir adquirir produtos e aumentar a minha clientela”, diz.
O empresário também relata que procura trabalhar com preço e a qualidade de seus produtos.
“Eu procuro atender o cliente da melhor forma possível. Trabalho com clientes no crédito e no débito. Outros postos trabalham unicamente com dinheiro, então mesmo com o aumento dos centavos, eu opto em atender melhor meus clientes”, completa.
De acordo com a CDL, Minas Gerais é um dos estados com a gasolina mais cara do país, ficando atrás apenas do Acre. Fator este que interfere diretamente nos valores dos combustíveis e a carga tributária que incide sobre eles. A entidade também diz que 46% do valor da gasolina é composto por impostos, ressaltando que existe variáveis de acordo com o estado, Acre e Minas possuem carga tributária maior e isso é o que mais encarece esse item essencial na economia do país.