João Victor Silva

Neste ano, o projeto “Gentileza gera Gentileza”, criado pelo grupo de Humanas da Escola Estadual Antônio Belarmino Gomes, situada em Santo Antônio dos Campos, Ermida, levou seus professores e alunos a trocarem as salas de aula pelas ruas, para levar mensagens de paz e esperança para as pessoas.

O projeto teve o objetivo de resgatar na comunidade escolar gestos simples, valores esquecidos e atitudes diárias que façam refletir e transformem comportamentos.

Os alunos fizeram partes de diversas atividades, onde ajudaram na limpeza e auxiliaram na preparação da merenda escolar de outra escola, participaram diretamente na realização de uma festa para crianças carentes, visitaram entidades que acolhem menores de idade e doentes da comunidade. Visitaram também asilos, orfanatos e o Hospital do Câncer, preparam e levaram comida aos moradores de rua, conversaram com pessoas que vivem em áreas de vulnerabilidade, doaram sangue e distribuíram rosas aos doadores no Hemominas. O Natal da Associação São Vicente de Paula também contará com a ajuda dos estudantes da escola.

Andréa Leite, coordenadora do grupo de Humanas da escola, contou ao PORTAL que a ideia do projeto ocorreu durante a Semana de Educação para a Vida, que é uma exigência da Secretaria de Educação em todo o estado de Minas Gerais. Durante a semana, o grupo pensou em fazer um projeto voltado mais para a ideia do ser humano fora das salas de aula, e não focado apenas no estudo de conteúdos e teoria dentro da escola. 

Os membros do grupo queriam abranger a questão da banalidade do crime, a falta de gentileza, a falta de paciência que os seres humanos estão uns com os outros, e que os alunos fossem inseridos neste contexto, como afirma a coordenadora “para entender o outro, viver com mais alegria e, principalmente, ser gentil”.

“Foi um projeto que teve de tudo, visita à doentes, enfermos, os alunos foram nas casas de pessoas da comunidade que estavam doentes para limpar as residência. Foi um projeto muito do bem, que se desenvolveu com a participação de toda a escola”, conta.

Além disso, a coordenadora declarou que o projeto tomou outra forma do que estava previsto inicialmente. Segundo Andréa, a ideia era de simplesmente fazer uma gentileza, mas tomou outras proporções quando os alunos aderiram muito ao projeto.

“Tiveram grupos que quiseram fazer mais de uma vez. A motivação foi crescendo, a primeira turma fazia uma gentileza, a outra queria fazer mais, assim foi uma turma motivando a outra, e o projeto se tornou algo grandioso”.

Para 2018, o projeto pretende voltar tendo um foco maior em determinadas entidades de Divinópolis.