Estudantes fazem ato na praça da Bíblia (Foto: Divulgação)

Estudantes do Cefet de Divinópolis protestam nesta sexta-feira (24) contra os cortes das bolsas de permanência de julho. O benefício tem a finalidade de garantir que os alunos do ensino médio/profissional e de graduação continuem regularmente matriculados na instituição. Na cidade, há 82 bolsistas recebendo o auxílio financeiro de R$ 300.

Estudantes fazem ato na praça da Bíblia (Foto: Divulgação)

Estudantes fazem ato na praça da Bíblia (Foto: Divulgação)

A manifestação começou dentro do campus e se estendeu até a praça da Bíblia no alta da avenida Paraná. Com cartazes e faixas, eles querem chamar a atenção da sociedade e também fazer o governo federal suspender o corte no orçamento. Todas as instituições de ensino federais tiveram redução de 20% este ano e o Cefet não ficou de fora.

Inicialmente, segundo o estudante de informática, Lucas Borges, o comunicado é de corte apenas em julho. Entretanto, eles temem que o benefício seja totalmente suspenso.

“A gente entende que inicialmente é o mês de julho por ser menor, mas sabe que se não reagir pelo corte no início esse direito pode ser suspenso novamente”.

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82 alunos tem direito a bolsa em Divinópolis (Foto: Divulgação)

82 alunos tem direito a bolsa em Divinópolis (Foto: Divulgação)

O coordenador de política estudantil, Pedro Eduardo Chaltein, confirmou que a medida foi para conter gastos. Ele conta que o governo federal não repassou todo o dinheiro e que se não fizer esta suspensão corre o risco de reduzir o número de bolsas concedidas.

“Como não temos recursos para atender o ano todo, fizemos a reunião e achamos melhor suspender em julho quando eles estarão de férias num período. O impacto seria menor do que deixar de pagar em novembro, por exemplo, ou reduzir os bolsistas”, argumenta.

Chaltein lamenta a medida, mas afirma que não houve outra solução. Ele ainda disse que em agosto a situação deverá ser normalizada e não antecipou se em dezembro, quando também os estudantes estarão de férias, haverá a suspensão da bolsa.

“É um sofrimento não pagar porque sabemos que há estudantes que realmente precisam, moram em outras cidades ou em repúblicas e dependem deste dinheiro para estudar, mas foi a forma menos impactante que encontramos”, alega.