Entre as principais causas da alta demanda é a transição entre dengue e síndromes respiratórias
Enquanto o ambulatório da dengue instalado no bairro Afonso Pena, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, não atende crianças, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) bateu 300% de ocupação esta semana. A superlotação ocorre mediante a crescente demanda por atendimento médico pediátrico em meio ao surto de dengue e doenças respiratórias.
Recentemente, a UPA de Divinópolis emitiu uma nota preocupante, alertando para a superlotação do setor de pediatria da unidade. De acordo com a assessoria, a taxa de ocupação dos leitos ultrapassou os 300%. São 21 crianças aguardando vaga hospitalar e outras cinco em observação.
Além disso, há crianças esperando a realização de exames e sendo medicadas. A quantidade de atendimento pediátrico, em um único dia, bateu 100, conforme boletim da UPA.
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Entre as principais causas da superlotação é a transição entre dengue e síndromes respiratórias, por exemplo, bronquiolite, pneumonia, entre outras doenças.
Em nota, o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp) – responsável pela gestão da UPA – destacou a importância da criação de um ambulatório pediátrico para atendimento de crianças com sintomas de dengue.
“Na verdade, um ambulatório pediátrico para casos mais leves, com certeza, ajudaria muito. Além das crianças, aguardando vaga hospitalar, temos diariamente outras dezenas recebendo consulta e sendo medicadas.”
Ambulatório da dengue em Divinópolis
O ambulatório da dengue instalado em Divinópolis atende apenas a partir dos 13 anos, o que, faz com que pais recorram à UPA mesmo em casos mais leves de sintomas.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Divinópolis confirmou que o atendimento pediátrico ocorre na UPA. Outra opção são as unidades básicas de saúde.
Uma abordagem que vem sendo discutida é a possível implementação de um ambulatório pediátrico exclusivo para casos de dengue.
“Em razão da necessidade de ampliarmos o atendimento das crianças, em breve o ambulatório atenderá também crianças. Estamos providenciando a adequação do espaço, para receber as crianças.”
Questionada sobre a criação de um ambulatório para doenças respiratórias e para atendimento também às crianças visto a lotação da UPA, não obtivemos resposta por parte da Prefeitura até a publicação desta matéria.