Arthur Tótoli

Uma iniciativa que nasceu com a mobilização de sete amigos em São Gonçalo do Pará está crescendo e ganhando força. Com mais de 1,4 mil seguidores no Facebook, a campanha “Doe Vida pela Vida” quer incentivar a doação de medula óssea. A ideia surgiu após uma amiga do grupo ser diagnosticada com uma doença que provoca a deficiência na produção sanguínea, conhecida como hipoplasia e aplasia da medula óssea.

A campanha ganhou as redes sociais há 30 dias e tem conseguido conquistar a confiança dos internautas. Além de incentivar a doação de medula, o grupo também alimenta a página com informações sobre como ocorre o procedimento e também conta casos de pessoas que lutam contra esta doença ou outras que levam à necessidade do transplante.

 Joicy Stefani é uma das voluntárias da campanha e entrou nessa luta depois que a prima dela foi diagnosticada com a doença. Érika Loren, de 20 anos, está em tratamento no Hospital das Clínicas em Curitiba.

“Entrei no projeto depois que minha prima foi diagnosticada com a doença. Hoje luto para promover a campanha para que cada vez mais e mais pessoas possam ajudar nessa causa”.

A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente como “tutano”, que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

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Doação

Para ser um doador é fácil:

  • Ter entre 18 e 54 anos, boa saúde e não apresentar doenças como as infecciosas ou as hematológicas;
  • Apresentar documento oficial com foto; 
  • Preencher os formulários: Ficha de identificação do candidato e termo de consentimento;
  • Colher uma amostra de sangue de 5ml para testes, para fazer o exame HLA (Antígenos Leucocitários Humanos) que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA será cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca)

A chance de encontrar um doador compatível entre irmãos, filhos de mesmo pai e mesma mãe, é estimada em 25% a 30% aproximadamente. Entre pessoas fora da família, as chances sem bem mais escassa, a possibilidade pode chegar a 1 para cada 100.000 candidatos cadastrados. .

Se o candidato for considerado compatível com um paciente, ele será consultado, mais uma vez, para decidir sobre a doação. Com a confirmação do doador, outros testes sanguíneos serão feitos para confirmar a compatibilidade. Em seguida, o candidato passa por rigorosos exames para avaliação da sua saúde e, se tudo der certo, ele se tornará um doador.

Confira a campanha no Facebook clicando aqui.