Cirurgia de aneurisma abdominal pode custar R$ 100 mil; Demora na liberação do procedimento gera desespero e angustia na família
Estefany Virginia de Azevedo vive momentos de intensa angústia enquanto tenta conseguir a liberação de uma cirurgia para seu pai, Valdelino Azevedo Silva, de 68 anos. Morador do bairro Frei Galvão, em Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas, Valdelino foi diagnosticado com aneurisma abdominal e necessita de um procedimento cirúrgico urgente que pode custar mais de R$ 100 mil. Valor que a família não tem condições de arcar.
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O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza o procedimento, mas a família enfrenta dificuldades para obter a autorização necessária. Valdelino está na fila de espera junto a mais de 50 pacientes.
“Não quero dinheiro, não quero vaquinha, só quero que liberem a cirurgia pelo SUS. Eu não quero perder meu pai devido a esse aneurisma,” desabafou Estefany.
Busca por tratamento fora de Divinópolis
Devido à demora e incertezas, a família procurou especialistas em Belo Horizonte, mas os custos elevados dificultaram o acesso ao atendimento.
A consulta particular com um médico especializado custa R$ 1.600, além dos exames necessários. Conforme a família, essa alternativa também está paralisada, deixando-os sem opções viáveis.
Paciente aguarda exames essenciais e enfrenta dor intensa
Enquanto a situação se agrava, Valdelino aguarda a liberação de uma ressonância para avaliar a gravidade do aneurisma.
Estefany denuncia que a equipe médica não está tratando o caso com a urgência necessária.
“Meu pai está sentindo muita dor e não conseguem liberar os exames. Eu estou vendo ele morrer aos poucos, e não consigo fazer nada,” afirmou, visivelmente emocionada.
Prefeitura de Divinópolis se posiciona sobre a situação
A prefeitura de Divinópolis esclareceu que o procedimento necessário é de alta complexidade e está disponível exclusivamente em Belo Horizonte.
A cirurgia endovascular, indicada para aneurismas abdominais, realizada com vagas limitadas, sendo uma vaga disponível por mês para pacientes de toda a região.
A gestão municipal informou que, no caso de Valdelino, a vaga está sendo aguardada desde outubro de 2024.
A cidade de Divinópolis não possui infraestrutura especializada para esse tipo de cirurgia, o que obriga a regulação e marcação do procedimento em Belo Horizonte.
“A regulação estadual controla a disponibilidade das vagas para esses procedimentos, e as Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) são enviadas para a capital, onde a regulação decide conforme a disponibilidade,” afirmou a nota oficial da prefeitura.
A administração municipal lamentou a situação e reafirmou que os municípios não têm gestão direta sobre o agendamento das vagas, destacando que todo o processo depende da regulação estadual.
“Estamos cientes da urgência do caso e continuamos acompanhando a situação para garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas dentro do possível,” concluiu a prefeitura.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por sua vez, disse que trata-se de cirurgia eletiva e que, portanto, a responsabilidade é do município.