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O aplicativo Olhos D’Água, desenvolvido em parceria entre os cursos de Ciências Biológicas e Engenharia da Computação da UEMG Unidade Divinópolis, foi agraciado com o 2º lugar na categoria Ideias Inovadoras Implementáveis (modalidade Inovação em Políticas Públicas) do 2º Prêmio Inova Minas Gerais, promovido pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP). O anúncio dos vencedores da premiação aconteceu nessa quarta-feira (20 de dezembro), durante cerimônia realizada no Auditório JK da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Nesta edição, o prêmio, cujo objetivo é estimular e valorizar ideias e iniciativas inovadoras que busquem a melhoria da prestação de serviços públicos do Governo do Estado de Minas Gerais, contou com a inscrição de 210 propostas, das quais 34 foram contempladas. Os vencedores foram anunciados pela subsecretária de Gestão de Pessoas da Seplag, Warlene Salum Drumond Rezende; pelo presidente da FJP, Roberto do Nascimento Rodrigues; pelo subsecretário de Gestão da Estratégia Governamental da Seplag, Otávio Maia Martins; e pela chefe de gabinete da Seplag, Lígia Maria Alves Pereira.
No momento da entrega do prêmio, a equipe responsável pelo desenvolvimento do aplicativo foi prestigiada pelo reitor da UEMG, professor Dijon Moraes Júnior, e pelos professores Rodrigo Fagundes Braga, vice-diretor acadêmico da UEMG Divinópolis, e Graziela Fleury Coelho de Araújo, coordenadora do curso de Ciências Biológicas da Unidade.
O aplicativo
Lançado no ano passado, com o objetivo principal de ser uma ferramenta de monitoramento da situação das nascentes de Divinópolis, o Olhos D’Água encontra-se disponível para “download” gratuito em celulares com sistema Android e funciona da seguinte forma: quando encontra uma nascente contaminada ou em risco, por exemplo, o voluntário faz imagens daquela nascente e as envia, por meio do aplicativo e com outras informações, a um banco de dados da Associação Nascentes Bela Vista (ANBV), ONG socioambiental divinopolitana também parceira no desenvolvimento do aplicativo. Após serem analisadas, as denúncias são encaminhadas aos órgãos responsáveis pela solução dos problemas.
A bióloga Danielly Fernanda Silva, formada pela UEMG Divinópolis no ano passado e integrante da equipe que desenvolveu o projeto do aplicativo, enfatizou a importância da iniciativa:
“Ao possibilitar a participação da comunidade no processo de fiscalização dos nossos recursos naturais, podendo contribuir para o seu desenvolvimento e ser reconhecido como uma ferramenta que liga o meio acadêmico à população, o aplicativo nos mostra uma nova maneira de trabalhar a educação ambiental e aproximar as pessoas na busca de soluções para os problemas ambientais”.
Em maio, o aplicativo recebeu o certificado de registro do programa pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Sustentabilidade
Um dos orientadores do desenvolvimento do aplicativo, o professor Alexandre Túlio Amaral Nascimento destacou a importância do prêmio.
“O que me chamou a atenção no edital da premiação é que os três primeiros lugares na categoria em que concorremos serão incubados, em formato de ‘startups’, pelo Programa Minas Digital [da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Sedectes]. Para a nossa iniciativa, este é o grande prêmio. A ideia é ter toda a assessoria, capacitação e assessoramento para que a gente consiga tornar a nossa ideia útil para a sociedade”, assinalou o professor, que lecionou no curso de Ciências Biológicas da UEMG Divinópolis no ano passado e neste ano está trabalhando na UEMG Unidade Ibirité.
O professor comentou, ainda, sobre a expectativa em relação à continuidade do projeto. “A nossa expectativa é que, agora, o aplicativo saia da célula de Divinópolis, ganhe um escalonamento e seja disponibilizado também na plataforma iOS. De preferência, junto com a Semad [Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável]. Esta iniciativa mostra ao cidadão que a tecnologia pode contribuir para a qualidade de vida e sustentabilidade”, finalizou.
Conquista
Para o professor Adriano Guimarães Parreira, também orientador do projeto, a conquista do 2º lugar no prêmio representa a coroação do trabalho desenvolvido pela equipe. “Este trabalho coloca em evidência a UEMG como a única instituição de ensino contemplada nesta edição da premiação. É o reconhecimento da seriedade, do compromisso, da dedicação, do respeito e do espírito de vanguarda de toda a equipe envolvida, cujos resultados obtidos provêm do ambiente fértil para ideias e iniciativas inovadoras criado na Unidade Divinópolis, compromissada com a melhoria das condições de vida da sociedade mineira e exercendo seu verdadeiro papel de instituição pública de Ensino, Pesquisa e Extensão”, destacou o professor, que é, também, membro da associação e leciona nos cursos de Ciências Biológicas e Enfermagem da Unidade.
Além dos professores Alexandre e Adriano e da bióloga Danielly, participaram do desenvolvimento do projeto os biólogos Jordy Junio Nogueira Melo, Rafael Antônio de Oliveira, Rayane Gonçalves Nunes e Rodrigo Alves de Almeida, também formados pela Unidade no semestre passado. O desenvolvimento do aplicativo contou com o suporte do professor Jhonatan Fernando de Oliveira e do estudante João Marcos Duarte Nogueira, do curso de Engenharia da Computação da Unidade.