O vereador também cobrou agilidade na compra de materiais (Foto: Arquivo/PCO)

Nascentes rebate e diz que acidentes foram por embriaguez e falta de atenção; Concessionária também afirmou que o trecho é todo sinalizado

O vereador Ademir Silva (PSD), informou em pronunciamento, durante a reunião ordinária da Câmara Municipal, nesta terça-feira (11), que encaminhará um documento, denunciando a concessionária AB Nascentes das Gerais. De acordo com o parlamentar, a razão se deve às irregularidades, apontadas por ele, no trecho da trincheira da Rua Goiás.

Ademir declarou que o local não possui acessibilidade e que as pessoas que circulam por ali, têm que passar entre os carros ou se equilibrar em um degrau de 20 centímetros. Ele também falou que a trincheira não atende à população e tampouco possui sinalização.

“Não tem como nós estarmos no anel rodoviário e não pegar a melhor via que temos, que é a Rua Goiás, não tem jeito (…) Eu gostaria de uma posição da Nascentes, para que possam me explicar como a gente vai fazer em relação a este acesso e é isso que temos corrido atrás, pedido e se Deus quiser contamos com a Settrans para nos ajudar nessa fiscalização”, falou o parlamentar.

O edil também culpou a concessionária em relação aos acidentes que ocorreram no local, dentre eles, o último registrado no sábado (08), o qual um homem, de 28 anos, caiu com o veículo da trincheira. Ele saiu do carro sozinho, foi atendido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital Santa Lúcia. Ademir também mostrou insatisfação com o histórico de empresas que não cumprem as obras no município.

“Estamos sempre colocando empresas aqui que estão dando trabalho, temos visto entidades que assumem obras e não terminam (…) Eu nunca vi uma cidade ter tão pé frio em contratar empresas que não vão conseguir fazer o serviço”, finalizou.

Nascentes

O PORTAL CENTRO-OESTE entrou em contato com a AB Nascentes das Gerais e a empresa, através da assessoria de imprensa, encaminhou uma nota, se posicionando sobre as declarações de Ademir Silva. Confira o pronunciamento completo logo abaixo.

“Em relação ao questionamento que diz que o pedestre que passa pela trincheira do km 128 da MG-050 não tem acessibilidade, já que tem que passar no meio dos carros ou se equilibrar em um “degrau de 20 centímetros”, a concessionária esclarece que o local mencionado não se configura como um passeio de pedestres, mas sim, como parte da estrutura da trincheira da Rua Goiás e da rodovia MG-050. Portanto, esta não é uma via de passagem para pedestres e nem deve ser utilizada como tal.

Sobre os acidentes, informamos que de acordo com o registro do Boletim de Ocorrência da Polícia Militar Rodoviária, a causa presumida do acidente ocorrido no dia 08/06/19 no km 128 da MG-050 foi conduzir veículo sob efeito de álcool. Já no acidente do dia 01/06/19, de acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar Rodoviária, a causa presumida do acidente foi falta de atenção.

Em 2018, não foram registrados acidentes desta natureza (queda de viaduto) neste ponto da rodovia. Informamos também que a responsabilidade pela apuração das causas dos acidentes cabe à perícia técnica da Polícia Civil que realiza a perícia dos acidentes.

Importante ressaltar que neste local a pista é duplicada, com faixas de bordo, com placa ostensiva de alerta de velocidade máxima de 80 km/h, marcador de perigo indicando que a passagem deverá ser feita pela esquerda com barreira rígida e defensas metálicas em toda a extensão do viaduto.

Destacamos, ainda, que a concessionária estuda, periodicamente, todos os acidentes das rodovias concedidas com base nos boletins de ocorrência da Polícia Militar Rodoviária, utilizando a metodologia de análise de segmentos críticos do DNER/DNIT e DENATRAN, e através do diagnóstico resultante realiza ações de melhorias e campanhas educativas, visando a redução de acidentes.”