Especialistas alertam para os riscos associados ao uso de armas de gel por crianças, destacando acidentes e impactos psicológicos causados por esse tipo de diversão.
As armas de gel, populares entre crianças, aparentam ser inofensivas, mas escondem perigos.
Especialistas, incluindo advogada, oftalmologista e psicólogo, destacam o potencial de ferimentos e os impactos emocionais do brinquedo.
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O oftalmologista alerta sobre lesões oculares graves. Nesse sentido, o Dr. Alair Rodrigues, médico oftalmologista, afirma que as esferas de gel podem causar até perda da visão.
“Impactos das esferas de gel podem causar abrasões (ferimentos) na córnea e até perda parcial da visão, especialmente quando atingem os olhos de forma direta,” destacou.
Danos psicológicos
Além dos danos físicos, psicólogos demonstram preocupação com os efeitos emocionais e comportamentais. O psicólogo Dr. Salomón Barzola explica.
“Brinquedos que imitam armas podem transmitir a ideia de que a violência é uma forma aceitável de resolução de problemas ou diversão. Se as crianças estão constantemente expostas a esse tipo de brinquedo, elas podem internalizar essas atitudes e desenvolver comportamentos agressivos,” afirma.
Salomón ressalta que o uso contínuo de armas de brinquedos pode tornar as crianças menos sensíveis à violência no mundo real e perceberem que a agressão como algo trivial.
“A repetição do uso de brinquedos de armas pode tornar as crianças menos sensíveis a situações de violência no mundo real. Elas podem começar a perceber a agressão como algo trivial.”
Ainda conforme o psicólogo o uso frequente de armas de brinquedos pode trazer distúrbios emocionais, como ansiedade e dificuldade de lidar com as emoções de forma saudável
“Em alguns casos, crianças que brincam frequentemente com armas de brinquedo podem se tornar mais ansiosas ou apresentar dificuldades para lidar com emoções de forma saudável, especialmente se essas brincadeiras não forem mediadas adequadamente por adultos,” ressaltou Salomon Barzola
Salomon, destacou que a mediação dos pais e adultos orientando sobre a brincadeira é crucial
“A forma como os adultos orientam a brincadeira é crucial. É importante explicar às crianças que armas reais oferecem perigo e que não se deve resolver a violência com agressões.” Finalizou.
Para o psicólogo, incentivar brincadeiras que estimulem a colaboração e o pensamento criativo é fundamental. Salomon, afirma: “Os adultos (pais e educadores) devem supervisionar as brincadeiras das crianças e promover o uso de brinquedos incentivando a criatividade, o respeito, a colaboração e os limites.”
Ele sugere, portanto, que os pais busquem alternativas lúdicas mais saudáveis para suas crianças.
Falta de regulamentação
Mariana Oliveira, advogada e especialista em segurança, reforça os riscos de acidentes e da falta de regulamentação dessas armas de gel.
“Embora as armas de gel sejam apresentadas como brinquedos inofensivos, o uso inadequado, sem proteção, pode levar a ferimentos graves. A falta de uma regulamentação adequada permite que crianças brinquem com objetos que disparam projéteis a alta velocidade, o que é perigoso.”
A regulamentação sobre brinquedos no Brasil ainda é falha. Além disso, a advogada destaca que a ausência de normas permite que esses produtos sejam facilmente adquiridos.
“A ausência de normas claras sobre a venda e o uso de armas de gel permite que esses produtos sejam facilmente adquiridos, sem a devida conscientização sobre os riscos isso cria uma falsa sensação de segurança para os pais.”
Pais e responsáveis precisam estar atentos ao escolher brinquedos, garantindo, assim, uma diversão segura, sem expor as crianças a riscos físicos ou psicológicos.
Além disso, a conscientização e a educação sobre os perigos das armas de gel são passos importantes para proteger a saúde e o bem-estar de nossos filhos e filhas.