Apesar da queda, entidades projetam alta dos valores ao longo de 2018
Pablo Santos
O divinopolitano pagou menos em fevereiro pelo arroz e feijão em relação ao primeiro mês do ano. Segundo o levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupec) da Faced, apesar da alta na maioria dos alimentos nas prateleiras dos supermercados, os dois itens principais da refeição diária registraram declínio de quase 3%. Mesmo com a retração, a projeção para 2018 é de alta dos preços devido uma colheita menor dos grãos.
Conforme a pesquisa do Nupec, o arroz registrou decréscimo de 2,85% nas gôndolas dos supermercados locais no confronto com janeiro. O quilo do produto estava cotado, em média, a R$ 3,19 no mês passado e, no mês anterior, o valor médio era de R$ 3,28, apontou o Nupec.
Apesar da queda de um mês para o outro neste ano, o quilo do arroz estava custando em fevereiro de 2017 um pouco menos: R$ 3,04, em média.
O feijão também apresentou queda nos supermercados pesquisados pelo Nupec. O declínio foi de 0,77% em fevereiro contra o mês anterior.
No mês passado, o quilo médio era de R$ 2,85 e, em janeiro, o valor estava a R$ 2,87, apontou o Nupec. No mesmo período de 2017, o quilo do feijão na cidade estava com preço mais salgado: R$ 3,29, conforme a pesquisa.
Conab
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou que a área com o plantio de grãos vai aumentar, mas o volume a ser produzido poderá recuar para 228 milhões de toneladas, 10 milhões menos do que na safra anterior.
A produção de arroz deste ano cai para 11,6 milhões de toneladas, 6% menos do que em 2017. Alguns produtores preferiram reduzir a área de plantio.
A área e a produção de feijão também serão menores, com a safra recuando para 3,3 milhões de toneladas neste ano, 3% menos.
A queda da safra recai de forma perigosa sobre os produtos que compõem a cesta básica. Os alimentos, um dos responsáveis pela baixa taxa de inflação em 2017.
Legenda – Pablo Santos
Arroz registrou queda de quase 3% em fevereiro