Eles estão à solta. Uma praga necessária, mas que nos assola. Andam pelas ruas, praças e bairros. Pousam nos nossos ombros, tomam a mão e nos infectam com um sorriso MALFADONHO.

 

rodrigo (1)

Não nos conhecem, mas infectam nosso entorno com o seu rastro. Boa parte deles são santos ocos que zombam da nossa boa-fé. Fazem-se de paladinos, mas mentem. Não sabem conjugar verbos, mas se acham certos. Protetores.

Estas pragas têm vaidade. Faltam princípios e a verdade. Blasfemam contra nossa inteligência. Querem, sim, nossa indulgência. A anuência para ser o que não são e fazer nada de favor.

Parasitas, habitam todo o canto. Sugam as energias e tudo o que vale. Criam os seus microorganismos e degeneram todo um sistema. Agem silenciosamente. Contam com a nossa distração.

Quem essas pragas acham que são?

Elas não se acham, são. Causam a ferida e a distração da coceira. A gente coça e relaxa. Vê satisfação nessa relação perniciosa. A cada cravada de unha na ferida, se infecta outra parte do corpo e a praga se prolifera.

Alguns são bactérias. Desprovidos de qualquer inteligência. Por serem minúsculos e coitadinhos, não são levados a sério. Sem a devida limpeza, infectam o rei e o castelo. Lepra que nos consome silenciosamente.

Estes seres oportunistas estão aí. No visível e invisível. Na terra e no ar. Multiplicam-se nesta época e contam com a nossa desatenção na limpeza do corpo e da mente.

Contra eles o melhor remédio é a prevenção. A assepsia permite tirar do nosso convívio essas moléstias. Separado o joio, é possível reparar que há seres mais nobres entre tantos daninhos.

São eles que poderão reparar os danos e equilibrar o sistema. Óbvio que não o farão sozinhos. Será necessária nossa atenção e vigilância. Até mesmo as boas ervas, quando não podadas e cuidadas, viram pragas e perdem propriedades. Quando não sufocam todo o ambiente onde estão.

Daqui uns dias é tempo de colheita. É fundamental aprender a distinguir a praga do que é bom. Quem fala mais alto pode não ser o bom e por falta de argumentos mais convincentes, apenas grita. Bem como nem toda cara de dó é de dor.

Um fruto doce pode fazer mal e outro amargo pode ser um bálsamo. Uma árvore franzina e seca, como o ipê, pode dar belas flores. Já a mangueira, mesmo oferecendo sua sombra e frutos, pode não deixar mais nada se desenvolver debaixo dela.

As pragas estão aí e se manifestam de várias formas. Observe.