Amanda Quintiliano
A determinação judicial para afastamento do assessor especial de governo, Fausto Barros do cargo da Prefeitura de Divinópolis não foi suficiente para afasta-lo dos assuntos oficiais de governo. Em uma postagem feita pela assessoria de comunicação do deputado estadual, Fábio Avelar, ele aparece participando de uma reunião em Belo Horizonte.
Na postagem feita pelo próprio parlamentar, no dia 05 de agosto, na página dele no Facebook ele confirma o encontro com o prefeito Galileu Machado (PMDB), com o Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Murilo Valadares, com o subsecretario de Regulação de Transportes, Renato Guimarães Ribeiro e com o diretor de Concessões Felipe Melo Rocha.
Apesar do deputado não citar o nome, na foto aparece Fausto Barros.
“Na oportunidade, conversamos sobre a necessidade de agilizar a execução de obras na MG 050, no perímetro urbano (trevo do Icaraí, trevo da avenida JK, trevo de acesso ao bairro Niterói e interligação dos bairros Alvorada e Nossa Senhora da Conceição), de responsabilidade da concessionária AB Nascentes da Gerais”, postou Avelar.
Na pauta também foi tratada a conclusão das obras do viaduto sobre a rede ferroviária, no Complexo da Ferradura, que interligará o Distrito Industrial à rodovia de acesso a Carmo do Cajuru, compondo o anel viário da cidade.
Deputado
A Assessoria de Comunicação do deputado jogou a responsabilidade para Galileu. Disse que a presença de Barros não foi comunicada anteriormente e que ele foi acompanhando o prefeito. Ainda segundo a assessoria, o parlamentar não foi informado oficialmente sobre qualquer impedimento em relação a participação dele em reuniões com representantes do governo do Estado.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura disse que o prefeito não irá se pronunciar sobre o assunto.
A reportagem do PORTAL também tentou contato com o Ministério Público, porém não obteve retorno até o fechamento da matéria.
Prisão
Fausto Barros foi preso no dia 13 de junho por posse ilegal de armas durante o cumprimento de mandados na operação que o investiga por falsidade ideológica e coação. Na noite do mesmo dia ele foi liberado após pagar fiança de R$10 mil.
O assessor teria tentado coagir uma mulher a retirar testemunho contra ele em um processo no qual ele foi condenado em 2016. Devido a condenação ele estava impedido de ser nomeado para o cargo atual.
Por determinação judicial ele está impedido de colocar os pés em qualquer repartição pública do município. Apesar de estar afastado do cargo ele continua recebendo o subsídio de aproximadamente R$10 mil.