Seminário foi realizado no auditório da Faculdade Pitágoras. Foto: Isadora Santana

Isadora Santana

Devido ao crescimento da violência nas unidades de saúde de Divinópolis, nesta quarta-feira (28) é promovido o último dia do Seminário Contra a Violência. A ação foi desenvolvida pelo Sintram em conjunto com a Secretaria de Saúde. Cerca de 1.200 profissionais da saúde participaram do encontro, divididos em grupos e horários diferentes.

Servidores procuraram o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e região Centro-Oeste para que tomassem alguma atitude junto a prefeitura, ainda no início deste ano. Após relatos de violências, a vice-presidente Ivanete Ferreira contou que várias ações foram tomadas:

“Na época, nós colhemos assinaturas para entregar ao prefeito Vladimir Azevedo, reivindicando a presença de vigilantes, porém como ele não nos respondeu, fizemos uma manifestação em frente a prefeitura no dia 25 de agosto. Na ocasião, a secretária de saúde, Kênia Carvalho, nos recebeu para discutirmos a questão. Conseguiu junto ao representante do Executivo, uma reunião, onde ele deixou claro que não haveria possibilidade de contratar nenhum vigilante nesse final de ano, mas se comprometeu com as câmeras de segurança”.

As câmeras por si só não são suficientes para manter a segurança dos profissionais e usuários. Nesse sentido elaboraram o seminário. 

“Decidimos organizar esse primeiro encontro, para começarmos a discutir sobre a vigilância e além disso como fazer o atendimento ao usuário, de como superar essa violência no atendimento, que dependesse da gente e não de um fator externo.”- explica Ivanete Ferreira.

A secretária de saúde, Kênia Carvalho, ressalta a importância de um bom atendimento para que o usuário se sinta melhor acolhido.

 

“O seminário busca tratar da cultura da paz. Estamos tratando a violência em um outro foco. Como nós, enquanto servidores públicos, enquanto poder público estamos lidando com essa situação? Então trouxemos também o apoio da Polícia Militar para que haja melhores resultados possíveis. O militar vem no final do evento e faz uma palestra super interessante de como podemos trabalhar para evitar essa violência, quais são as medidas que o servidor público pode tomar no sentindo de minimizar essa hostilidade”, disse a secretária.

O seminário contou também com a palestra de servidores municipais de unidades de saúde que conseguem diminuir essa agressividade por parte de algum usuário que não se sente bem atendido. Albano Verona, farmacêutico clínico da Estratégia de Saúde da Família do Bairro Serra Verde, diz que trabalha com um atendimento mais humanizado.

“Os casos sempre acontecem, estão no dia a dia, pois trabalhamos com o público. E muitas vezes chegam com expectativas e não temos uma resposta imediata. Isso acaba gerando um certo nervosismo e um certo embate. O que cabe a gente é tentar reverter essa agressividade, mas sem aumentar esse embate com o paciente, pois entendemos que eles têm necessidades, e cabe a nós darmos uma resposta que satisfaça”, reforça o farmacêutico.