UPA Padre Roberto de Divinópolis
A UPA é gerida pela Santa Casa de Formiga (Foto: Arquivo)

Amanda Quintiliano

Com 50 pacientes espalhados pelos corredores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis, os médicos decidiram, na manhã desta segunda-feira (04), suspenderem parcialmente os atendimentos. A medida vem como um “grito de socorro” para os problemas que persistem há anos. Esta é a segunda vez em menos de 20 dias que os profissionais limitam-se aos casos de urgência e emergência.

O pagamento em dia é apenas uma das reivindicações da categoria que quer também o afastamento da Santa Casa de Formiga da gestão da unidade. Na pauta também estão: transferência dos pacientes para hospitais e melhores condições de trabalho. Ao PORTAL, o diretor técnico, Marco Aurélio Lobão contou que faltam medicamentos desde os básicos aos mais complexo, além de alimentos, copos descartáveis.

Os médicos estão há dois meses se receber. Pelo acordo firmado com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), uma parcela deveria ter sido quitada no dia 30 de novembro e a outra no dia 20 de dezembro. A Assessoria de Comunicação da prefeitura informou que aguarda o recebimento das emendas parlamentares.

Emendas

A assessoria do deputado federal, Domingos Sávio (PSDB) disse que o pagamento deve ser efetuado ainda semana. Ela já foi habilitada e empenhada e pode ser paga a qualquer momento.

A assessoria do deputado federal, Jaime Martins (PSD) informou que a prefeitura já cadastrou a proposta e aguarda a publicação no Diário Oficial.

Cada parlamentar destinou R$1 milhão para custeio da UPA ainda este ano. Jaime Martins anunciou mais R$1 milhão para janeiro do próximo ano.

O governo do Estado não tem previsão para pagar os valor devido ao município que soma 16 parcelas de R$125 mil cada.

Irregularidades

O diretor técnico disse que o pagamento dos honorários em atrasos não serão suficientes para a regularização dos atendimentos. Ele afirma que todas as medidas técnicas internas já foram adotadas para minimizar a situação e que, agora, cabe aos governos tomarem frente para solucionarem as reivindicações.

Entre as sugestões para aliviar a superlotação estão novos convênios com hospitais da cidade e até a transferência para outras unidades da região que estão com leitos ociosos.

A falta de condições está atrelada a gestão da Santa Casa. Há relatos, segundo Lobão, de que a Semusa repassou o dinheiro para a gestora e ela não o aplicou no pagamento de fornecedores.

A reportagem tentou contato com a Santa Casa, mas ninguém foi encontrado.

Assista a entrevista completa: