Na república dos bananas, todos se acham bacanas. Todo mundo samba, todo mundo é bamba. Espetáculo, espetaculoso como uma novela. Dramas e tramas que contam com a ignorância dos bacanas.
É assim desde Cabral. Nada foi tão igual. Usurpam a matéria e o substancial. Trancam e liberam a pauta. Instituem um pensamento. Usam jornal, Power Point e o mal.
É muita lama, manguezal. Sem o Chico e seu tambor. A letra e a flor
Insano é acreditar em quem grita. Insano é desdenhar de quem complica. De quem não reza a reza e não replica a oração em louvor ao Santo Oco de Barro.
Cultivar flor no chiqueiro rouba dela a sua essência: o cheiro. É assim que as coisas andam: fedidas. Quem deveria não se acusa. Esconde o malfeito e expõe outro fedido no seu lugar.
Carniça pouca é bobagem, melhor nem comentar.
Rio represado não corre para o mar. Vira lagoa mansa. Vasta e profunda, mas mansa. Sem a corredeira, sem as pedras, sem dar espuma.
Água parada tem dificuldade de se oxigenar. Sem oxigênio, o que é vida morre. Logo, os seres que decompõem abundam e comem o moribundo.
Por aqui, o teatro dos vampiros assusta até mesmo assombração. Sem moral, esses seres são antropófagos. Adoram os incautos, os corpos virgens e as almas inocentes.
Contra eles, a luz. A sobriedade em entender que o jogo tem as cartas já marcadas e que para virá-lo é necessária a resistência. A sapiência de ludibriar o enganador sem perder o nosso valor.
A faxina começa por aqui e não lá. Começa pelos cômodos menores até chegar nos espaços de mais difícil acesso. Começar pelo mais simples é treinar a vontade.
Estupraram nossa boa fé.
A gestação de um novo tempo é complexa e o parto envolve riscos para o corpo tão combalido.
Mas há de se tentar.