Estado disse que foi notificado pela Vigilância Sanitária para não encaminhar pacientes que precisem de intubação

Uma auditoria será instalada para averiguar se houve falhas por parte do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) que levaram as irregularidades no Hospital de Campanha, em Divinópolis. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10/6) pelo prefeito Gleidson Azevedo (PSC).

 “Vamos abrir uma auditoria na IBDS e pode ser, que no decorrer, a gente possa trocar a empresa”, declarou.

Em coletiva de imprensa, ele também disse que irá verificar se houve erros por partes dos comissionados que acompanham a execução o contrato. Caso seja confirmada, eles serão exonerados. O prefeito não falou em nomes e nem quantidade.

A solicitação da auditoria foi feita pela vereadora e membro da Comissão de Saúde, Lohanna França (Cidadania).

“Vamos fiscalizar de perto porque precisamos resolver essa questão (…) Gente morrer porque não tem máquina de oxigênio funcionando, porque não tem bomba que dilui medicamento”, lamentou.

A empresa que gerencia o hospital é a mesma que está à frente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ele funciona. Ele é investigada pela Polícia Federal (PF) suspeita de desviar recursos públicos.

Só para os atendimentos COVID-19 o aditivo contratual prevê quatro parcelas de R$2,2 milhões. O valor pode variar de acordo com a quantidade de pacientes.

Irregularidades

Conforme informado pelo PORTAL GERAIS, a principal irregularidade foi o problema no compressor e sistema de oxigênio. As falhas foram apontadas pela Comissão de Saúde da Câmara.

“Quando ela vai a 100%, ele está recebendo além do que é necessário. É preciso fazer essa correção toda vez que essa bomba apita e pode trazer vários agravos na questão pulmonar, por isso é necessário ter essa correção nos equipamentos”, explicou a diretora da Vigilância em Saúde, Erika Camargos.

A previsão é que o compressor chegue ainda nesta sexta-feira (11/6) e seja instalado até sábado (12/6).

As bombas de infusão de medicamentos também são insuficientes. Para atender a demanda de 30 leitos de terapia intensiva seriam necessárias 120, e há 39.

Até que os problemas sejam sanados, o hospital de campanha está interditado parcialmente pela Vigilância Sanitária e não aceitará internações de pacientes no CTI.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, confirmou que foi notificada pelo município nesta quarta-feira (9/6), às 22h49, para que a Central de Regulação de leitos do estado suspenda a transferência de pacientes COVID que necessitem de intubação até que este regularize a rede de gases.