Segundo o Banco Central, mais de 42 milhões de pessoas físicas e 4,3 milhões de empresas possuem recursos esquecidos em contas bancárias e outras instituições financeiras
O Banco Central (BC) divulgou hoje, terça-feira, dia (13) que brasileiros ainda têm R$ 9,13 bilhões em valores a receber, referentes a recursos esquecidos em contas de instituições financeiras. Desse total, R$ 6,94 bilhões pertencem a 42.133.520 pessoas físicas, enquanto R$ 2,19 bilhões são de 4.300.668 pessoas jurídicas.
Entre os valores disponíveis, a maior parte corresponde a quantias baixas. Para se ter uma ideia, 64,9% dos valores são de até R$ 10; outros 23,7% variam de R$ 10,01 a R$ 100; 9,7% vão de R$ 100,01 a R$ 1.000; e apenas 1,7% ultrapassam R$ 1.000.
O Sistema de Valores a Receber (SVR) foi criado justamente para facilitar o acesso a esses recursos esquecidos. Ele permite que cidadãos e empresas consultem se têm dinheiro a recuperar em contas bancárias encerradas, consórcios, cooperativas de crédito, financeiras e outras instituições. Vale destacar que todo o processo é gratuito, sem necessidade de pagar qualquer taxa para consulta ou resgate.
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Para realizar a verificação, é necessário acessar o site oficial do SVR e preencher os dados solicitados, como CPF ou CNPJ e data de nascimento ou de abertura da empresa. Caso haja valores disponíveis, o resgate pode ser feito pelo próprio sistema, por meio de uma chave Pix vinculada a uma conta Gov.br com verificação em duas etapas ativada.
Os valores esquecidos podem ter origens diversas: contas encerradas com saldo restante, cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de cooperativas de crédito, ou ainda recursos de consórcios encerrados.
Além disso, o BC reforça que há um prazo para solicitar esses valores. Após a publicação de um edital pelo Ministério da Fazenda, os beneficiários têm até 30 dias para pedir a devolução. Caso isso não ocorra dentro do período estipulado, os valores serão automaticamente incorporados ao Tesouro Nacional.
Portanto, é fundamental que pessoas físicas e jurídicas fiquem atentas e consultem regularmente o SVR, a fim de garantir o resgate dos valores a que têm direito.
