Com redução dos atendimentos a superlotação da UPA pode piorar (Foto: Amanda Quintiliano)

O bebê de oito meses que morreu na madruga de segunda-feira (14), em Divinópolis, apresentava sinais de violência sexual. A informação foi repassada à Polícia Militar (PM) pela médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas). A plantonista relatou que o ânus estava dilatado, com inchaço e com sangramento recente.

A criança chegou na UPA com parada cardiorrespiratória. A avaliação médica apontou que o bebê estava naquela situação há pelo menos uma hora, ou seja, ele não foi socorrido imediatamente. Ainda de acordo com a médica, a criança apresentava vários hematomas pelo corpo, principalmente na região das pernas, quadril e pescoço, provavelmente, provocados durante a noite.

O pai da criança, de 40 anos, chegou na UPA depois da guarnição policial e relatou que desde o nascimento do filho é separado da mãe, de 25 anos, e a classificou como “relapsa”. Contou ainda que ela faz uso contínuo de álcool e drogas e que ela já teria tentado abandonar o menino outras vezes.

Embriagada

Durante o atendimento, funcionários da UPA disseram que ouviram boatos de que a mãe da criança estava embriagada. Uma testemunha contou à PM que chegou no local dos fatos momentos após o ocorrido e se deparou com a criança deitada no berço já sem vida, não tendo visto ninguém fazer qualquer tentativa de reanimá-la.

A mãe da criança, não estava na UPA quando os militares chegaram. Ela foi encontrada na casa dela, no bairro São José e levada para a delegacia.

Versão

A mulher deu outra versão. Disse que estava dormindo com a vítima e com a outra filha de 4 anos em uma cama de casal. Quando acordou no meio da noite teria se deparado com o menino caído da cama e tentando se escorar em uma das extremidades.

Ao pegar a criança, ela sentiu que a pele estava fria, tendo ela começado a gritar por constatar que algo estava errado. Nesse momento, a mãe dela, que também mora na casa, chegou no quarto e deparou-se com a vítima já no berço rígida e fria. Afirmou também que o bebê não tinha nenhum hematoma na noite anterior.

Sobre os ferimentos anais, a mãe da criança disse que ela tinha problemas de assadura na região, mas que ele não tinha nenhum tipo de problema que pudesse gerar o sangramento e que ele não estava usando nenhum tipo de medicação local.

A mãe do menino foi presa, mas pagou fiança de R$ 900 e foi liberada.