Talita Camargos
Mesmo em tempos de crise, a frase “tem vaga, mas falta qualificação” é verdadeira, especialmente para as vagas do setor técnico. De acordo com estudo da Fundação Dom Cabral(FDC), 66% das empresas afirmam que os técnicos são os profissionais mais difíceis de encontrar no mercado brasileiro. A título de curiosidade, a falta de qualificação geral é queixa de 83% dos recrutadores entrevistados.
Ao mesmo tempo, uma pesquisa da PageGroup, empresa líder em recrutamento na América Latina, destaca a intenção das empresas em aumentar o número de técnicos na equipe em 2016. Segundo o levantamento, metade das novas vagas de trabalho deste ano serão para o setor operacional, o que abrange os técnicos. Especialistas ainda ressaltam que sempre há demanda para profissionais técnicos.
A PageGroup ainda afirma que recebe muitos currículos na plataforma de empregos, mas que apenas 30% podem ser encaminhados para as vagas disponíveis, o restante não se encaixa em nenhum posto de trabalho aberto.
Este descompasso seria resolvido com formação em bons cursos técnicos. No entanto, apenas 6% dos estudantes com até 25 anos fazem esta opção. Segundo o diretor adjunto de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o número precisa ser três vezes maior para suprir a necessidade atual de técnicos no setor industrial brasileiro.
Para se ter uma ideia do quanto é baixa a procura no Brasil, em países de primeiro mundo a situação é bem diferente. Na França, por exemplo, a escolha por um curso técnico chega a ser a opção de 50% dos jovens com até 25 anos, o que mostra que os países mais desenvolvidos têm mão de obra técnica à disposição, o que contribui para o desenvolvimento do país e com taxas menores de desemprego.
Técnicos valorizados
Um dos fatores que levam a procura por qualificação técnica ser abaixo do ideal no Brasil, é a ideia de que os cursos técnicos são inferiores aos de nível superior. Porém, a maior facilidade de os técnicos entrarem no mercado de trabalho e a procura por esse profissional mostram o contrário. O curso técnico está em alta e tem grande prestígio, principalmente junto aos empregadores, que é o que interessa a quem quer ter a carteira assinada logo.
Importante dizer que a demanda por trabalho é uma das questões a serem consideradas no momento de escolher qual curso o profissional escolher. No entanto, é necessário levar em conta fatores como as aptidões pessoais. Só no Cecon há dezenas de cursos técnicos em vários setores que se encaixam com os mais diversos perfis profissionais. O conselho é conferir cada um deles para avaliar qual a melhor opção para o futuro profissional. Depois disso é só se estudar, pois o mercado espera e precisa dos técnicos.
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