Primeira remessa com 2,5 mil unidades de fomepizol chegou ao país e será distribuída aos estados
O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (9) a primeira remessa do fomepizol, medicamento usado como antídoto para intoxicação por metanol. O lote, com 2,5 mil unidades, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) e começou a ser distribuído imediatamente a estados que registram casos de envenenamento por bebidas alcoólicas adulteradas.
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Distribuição prioriza São Paulo e outros estados com casos confirmados
Segundo o ministério, 1,5 mil unidades começaram a ser entregues nesta quinta-feira. O estado de São Paulo, que concentra o maior número de ocorrências e mortes, receberá 288 doses. Outras unidades federativas também serão contempladas, entre elas Minas Gerais (152), Bahia (104), Pernambuco (68), Paraná (84) e Rio de Janeiro (120).
O restante do lote será direcionado para estados com registros confirmados ou risco elevado de contaminação. Além disso, mil ampolas ficarão estocadas para atender novas demandas, conforme o surgimento de casos ou necessidade dos serviços de saúde.
De acordo com a pasta, a distribuição leva em conta dados demográficos do IBGE e a situação epidemiológica de cada região. O envio continuará nesta sexta-feira (10), abrangendo também locais sem notificações, como medida de prevenção.
Etanol farmacêutico também será usado no tratamento
Além do fomepizol, o etanol farmacêutico também pode ser administrado por equipes médicas para reverter os efeitos da intoxicação. O produto, no entanto, exige prescrição e acompanhamento médico, não devendo ser aplicado pela população.
O Ministério da Saúde informou que receberá 12 mil novas ampolas de etanol farmacêutico doadas pela empresa Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos. As doses se somarão às 4,3 mil já enviadas aos estoques do Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Casos recentes de intoxicação por metanol têm preocupado as autoridades sanitárias. A substância, usada de forma ilegal na adulteração de bebidas, pode causar cegueira, insuficiência renal e até morte.
