Marina Assis

 

A cadeira foi apresentada durante o Congresso da Apae (Foto: Divulgação)

A cadeira foi apresentada durante o Congresso da Apae (Foto: Divulgação)

Uma cadeira de rodas especial foi criada para atender as crianças do Instituto Helena Antipoff, de Divinópolis. Após vencer a licitação para mobilhar a sede da instituição, um projeto de uma empresa divinopolitana acabou levando o sinal verde na hora da concorrência. A vencedora desenvolveu uma cadeira com várias adaptações, tendo encostos, acentos e mesa acoplados e reguláveis.

 

A cadeira foi considerada de extrema importância para os estudantes especiais. Fez tanto sucesso que ela foi apresentada no Congresso da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Em conversa com a reportagem do PORTAL, um dos sócios da empresa, Helder Neydson da Silva falou sobre a responsabilidade social ao criar novas adaptações.

 

“Participamos da licitação para mobilhar a instituição, e quando estivemos lá vimos as necessidades das crianças. Tem algumas que precisam de todas estas modificações, outras só de uma ou outra. Perguntamos as cuidadoras delas quais as coisas mais importantes para ter na cadeira e acabamos criando a primeira que foi aprovada”, afirma Helder.

 

Helder ainda declarou: “não temos filhos com nenhum destes problemas, só vimos que era uma questão social e quisemos ajudar. No final das contas saímos muito felizes já que vemos os sorrisos nos rostos das pessoas envolvidas, tanto das professoras quanto das crianças”.

 

Benefícios

 

A fisioterapeuta do instituto, Maud Fraga disse que a cadeira tradicional e a de rodas não proporcionam funcionabilidade. “E com as adaptações podemos adequar o posicionamento corporal, visual e melhorar as funções, digestivas, respiratórias e circulatórias.”

O instituto conta com quatro cadeiras completas

O instituto conta com quatro cadeiras completas

 

De acordo com especialistas a cadeira potencializa a funcionalidade; facilita o posicionamento adequado; promove suporte corporal; previne deformidades; favorece o contato visual; gera estabilidade e integração sensorial; melhora as funções digestivas, respiratória e circulatória; e favorece a qualidade de vida e acessibilidade.

 

“A criança com o tronco e a cabeça bem posicionada irá melhorar muito o controle motor-oral”, declarou o fonoaudiólogo, Ricardo Maquiné, acrescentando: “evita a baba e a criança irá engolir de uma forma mais efetiva. Enfim, diminui os riscos de engasgar e torna o ato de alimentar mais prazeroso”.

 

Cada cadeira completa com todas as adaptações e a mesa saem a R$2,5 mil. A instituição adquiriu quatro completamente adaptadas e outras 36 semi-adaptadas.