A Defesa Civil esteve na Câmara Municipal e fez uma vistoria superficial no local do desabamento do teto. Uma equipe com engenheiros será encaminhada nesta quarta-feira (28) pela manhã. Até lá, o prédio ficará interditado. Inicialmente, o coordenador da Defesa Civil, Dreyfus Rabelo descartou o comprometimento da estrutura física do prédio.
O teto da Diretoria do Legislativo desabou logo após o início da chuva da tarde desta terça-feira (27). Inicialmente, a água começou a escorrer pelas laterais e alagar as salas. Quando o secretário geral, Flávio Ramos e o assessor de gabinete Randal Wender Pereira tentavam retirar computadores e documentos o teto desabou. Nenhum dos dois ficou ferido.
O transbordamento da calha devido ao entupimento pode ter causado a queda (Foto: Amanda Quintiliano)
De acordo com as informações prévias da Defesa Civil, “houve uma queda acentuada de chuva num período muito curto o que acarretou na sobrecarga da calha, o que levou ao transbordamento e infiltração na parte superior”. Há a possibilidade de que a calha estava entupida, impedindo o escoamento da água.
“Fizemos a pré-avaliação e orientamos a suspensão temporária do expediente da câmara até que possamos trazer o corpo técnico para fazer uma vistoria aprofundada e produzir o laudo indicando ao presidente quais as providências devem ser tomadas”, afirmou o coordenador.
Reforma
As salas atingidas passaram por obras no final de 2012, início de 2013. Cerca de R$ 133 mil – valor informado na época – foram investidos para a construção de duas salas e um banheiro, além da reforma de outras. O montante também incluía a adaptação do plenário e dos gabinetes para comportar o aumento de vereadores. A empresa responsável pela obra foi a Trans-Alves Transportes e Serviços Ltda. A reportagem não conseguiu contato com a empresa. Na época, o vereador Anderson Saleme (PR) era o presidente.
Menos de um ano depois da conclusão das obras, no final de 2013, houve nova contratação para reformar o telhado.
A sala da Secretaria Geral ficou alagada (Foto: Amanda Quintiliano)
A alegação, na época, era de que há 25 anos não havia nenhum tipo de reparo e nem manutenção. A reportagem não conseguiu confirmar o nome da empresa que executou as intervenções, que na época também incluía a reforma da garagem. Quem autorizou os reparos foi o vereador Rodyson Kristnamurti (PSDB), então presidente.
Expediente
Com a interdição prévia da Defesa Civil o presidente da Câmara, Rodrigo Kaboja (PSL) suspendeu o expediente até a próxima quinta-feira (10). Como é feriado na sexta-feira (31) – Dia do Servidor Público e na segunda (02) – Dia de Finados, o órgão volta a funcionar apenas na terça-feira (03). Também foram suspensas as audiências e reuniões públicas previstas para esta semana, dentre elas a que tratará da duplicação da MG-050, no bairro Candelária.
