Em doze meses, os contribuintes pagaram R$2,122 milhões para manter os 17 vereadores da cidade
O assunto que predomina na Câmara de Divinópolis é austeridade. Mas ainda falta coragem para mexer nos comissionados, assessores e terceirizados. Juntos, eles consomem a maior fatia da folha de pagamento. Só em 2019, foram desembolsados aproximadamente R$5,8 milhões, segundo o Portal da Transparência.
Os assessores parlamentares foram os que custaram mais caro: R$3,34 milhões. Cada vereador tem direito a quatro. Na sequência aparecem os 36 terceirizados. Apesar de não constarem na folha de pagamento, no ano passado, a câmara pagou cerca de R$1,4 milhão à Pontal Construtora e Prestadora de Serviços. Os 17 cargos de confiança custaram R$300 mil.
Por fim, aparece o contrato com a Ala Segurança – responsável pela vigilância não armada do prédio. Para custear os 11 seguranças, foram desembolsados R$813.336,26, conforme o Portal da Transparência. De 2017 – primeiro ano da legislatura para 2019, houve um aumento no contrato de 24,4%, índice superior ao acumulado da inflação no período que somado é de 11%.
Os assessores, terceirizados, comissionados totalizam uma quantia superior aos efetivos. Somados, eles chegam a 132, contra 32 concursados.
Vereadores custam R$2 milhões aos contribuintes
Os gastos para arcar com mão de obra não param por aí. Os 32 servidores efetivos custaram R$2,82 milhões. Em doze meses, os contribuintes pagaram R$2,122 milhões para manter os 17 vereadores. Os pensionistas representam a menor fatia, R$25,5 mil.
A folha de pagamento, sem considerar os terceirizados, fechou 2019 em R$8,6 milhões. Quando incluído os terceirizados o número sobe para R$10,8 milhões.
Só os terceirizados custaram em três anos cerca de R$4,167 milhões. Neste período, três empresas prestaram o serviço, a Adcon, Pluma e agora, por fim, a Pontal.
Qualquer projeto para redução de cargos precisa ser apresentado pela Mesa Diretora com o aval do presidente Rodrigo Kaboja (PSD).