Vereadores em oração durante reunião ordinária da Câmara de Divinópolis (Foto: CMD/Divulgação)

Aparelhos são vendidos por R$1 mil a menos em outra loja; Presidente diz que compra é “investimento” e integra projeto do “governo digital”

A Câmara de Divinópolis desembolsou mais de R$60 mil para custear tablets para cada um dos 17 vereadores. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência.

Ao todo, serão 18 aparelhos, um a mais que o número de parlamentares. Cada um ao custo de R$3.345. Conforme o “histórico”, são tablets de 10,4 polegadas, com Wifi 64G, 4GB RAM, com caneta e capa. Irão sair dos cofres públicos R$60.210.

Na lista de eletrônicos, também aparece um notebook Ryzen 5, 8GB, 256gb SSD, marca Acer Aspire – A315 para a Escola do Legislativo. A câmara empenhou o valor de R$3.940 pelo aparelho.

Também foi adquirido, ao custo de R$719, um monitor Philips 18’5 polegadas LED, Widescreen, para a Diretoria de Informática.

A compra total foi R$64.869. O fornecedor é a TCA Minas Informática Ltda, de Divinópolis. 

“Governo digital”

Os tablets serão utilizados dentro do projeto “governo digital”. Eles serão afixados no plenário em substituição ao antigo sistema eletrônico. A votação, por exemplo, de projetos, serão por meio dos aparelhos.

“Quando devolvemos o painel digital, que custava R$6 mil ao mês, falamos que a câmara iria fazer esse investimento de R$60 mil. Trocamos o sistema visual, adquirimos a TV e os 17 tablets para fazerem a votação, que hoje é manual”, explicou o presidente Eduardo Print Jr. (PSDB).

O tablet extra é para caso um dos 17 apresente algum problema.

O painel eletrônico custava ao mês R$5995. Ao ano, eram desembolsados R$71.940 pelo aluguel. Com a instalação dos tablets, ele passa a ser fixo.

“O tablet não é do vereador é do plenário, ele fica afixado e ele pode manusear, a votação será feita por ali”, reformou o presidente.

A economia deve chegar a R$180 mil até o final do mandato.

Economia

Os mesmos aparelhos podem ser adquiridos pelo valor médio R$2.249, conforme pesquisa rápida e simples nos sites de busca. Essa diferença de R$1.096 mil foi encontrada no Magazine Luiza.

O valor menor foi reconhecido pelo presidente. Print Jr. disse que a câmara orçou os valores, entretanto, não foi possível adquirir pelo Magazine, pois a loja não tem a certidão negativa necessária.