Amanda Quintiliano
Caos na saúde, série de denúncias, falta de jogo de cintura para lidar com os vereadores. Estes são apenas alguns motivos que podem levar à queda do secretário de Saúde de Divinópolis, Rogério Barbiere. A informação ainda não é oficial, mas a afirmação é de que “ele está em cima do telhado”.
“Ainda não se confirmou, mas onde há fumaça há fogo. O secretário de saúde saiu do cargo dele. Criou juízo […] Péssimo administrador, mas excelente médico na conduta, o melhor cirurgião cardiovascular, o pior administrador […] O pior entre os que o antecederam”, afirmou o vereador, Dr. Delano (PMDB), mencionando atrasos de pagamento da Unidade Pronto Atendimento (UPA), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Itapecerica (Cisvi).
O burburinho tomou conta da reunião desta quinta-feira (19) na câmara. Enquanto alguns vereadores mencionavam a exoneração outro desmentia. O presidente do Legislativo, Adair Otaviano (PMDB) diz ter conversado diretamente com o prefeito, Galileu Machado (PMDB) e com o próprio secretário que negaram.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura também disse que não há nada oficializado e que nas publicações para o Diário Oficial dos Municípios desta sexta-feira (20) não consta a exoneração.
Enquanto isso as especulações em torno do novo nome ganham força. Entre eles está o do primo o vice-prefeito, Rinaldo Valério, José Geraldo. O Diretor de Regulamentação em Saúde, Amarildo de Sousa é outra possibilidade. Este último vem acompanhando de perto as questões mais polêmicas do município.
O cargo deve gerar impasse na base do governo. O vereador Ademir (PSD) reivindicou a vaga para o partido. Afirmou que o PSD está “entrando pela porta da frente da prefeitura apoiando os projetos” e que a legenda tem nomes.
“Temos dois secretários de Saúde de Divinópolis que foram exportados, um está em Nova Serrana [Glaucia Sbampato] e outro em Formiga […] Quero deixar aqui, como líder do PSD, que temos uma pessoa super competente que dedica 24 horas pela saúde, agora, de Formiga e antes de Divinópolis, o Geraldinho da Saúde e acho que ele merece essa oportunidade”, colocou citando ainda que o PSD foi o mais votado da Câmara.
A notícia da possível “queda” de Barbiere vem em meio a um caos. Com declarações que ganharam os holofotes da imprensa, como o fechamento da UPA e a dívida de quase R$40 milhões do Estado com o município, acentuou-se os questionamentos sobre a capacidade administrativa do secretário.