Cardeais entram em reclusão no Vaticano antes do conclave que elegerá o novo papa

Minas Gerais
Por -06/05/2025, às 13H16maio 6th, 2025
Conclave como a Igreja Católica escolhe o novo papa.(FOTO: Reprodução AFP)
Conclave como a Igreja Católica escolhe o novo papa.(FOTO: Reprodução AFP)

Capela Sistina receberá os 133 cardeais votantes nesta quarta-feira; sucessão de Francisco continua indefinida

O Vaticano vive momentos decisivos. Nesta terça-feira (06/05), os 133 cardeais com direito a voto iniciaram o processo de reclusão em duas hospedarias vaticanas, onde permanecerão isolados até elegerem o novo líder da Igreja Católica.

Portanto, o conclave terá início nesta quarta-feira (07/05), às portas fechadas, na histórica Capela Sistina.

A sucessão de Francisco, que faleceu no mês passado, está indefinida. A eleição conduzida entre cardeais com menos de 80 anos. Apesar de especulações, não há consenso entre os religiosos sobre quem deve assumir o posto de maior autoridade da Igreja, que reúne mais de 1,4 bilhão de fiéis no mundo.

A expectativa é que a votação se estenda por dias, com diversas rodadas até que um nome alcance a maioria qualificada: dois terços dos votos. Até lá, os cardeais estão proibidos de qualquer contato externo. O juramento de sigilo prestado solenemente na Capela Paulina.

Entre os votantes, há uma divisão, parte deseja um papa que continue o caminho de Francisco, com foco em uma Igreja mais inclusiva e transparente. Outros esperam uma retomada das tradições mais conservadoras.

Além disso, a escolha deste ano também carrega um marco histórico, é o conclave mais diverso já registrado. Estão representados 70 países, graças à política de Francisco de valorizar regiões até então pouco presentes, como Haiti, Sudão do Sul e Mianmar.

A Ásia, com 23 cardeais votantes, deve atuar de forma unificada. Segundo o cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi, há uma estratégia de votação em bloco, diferente da postura dos 53 cardeais europeus, que tendem a votar com base em interesses regionais ou individuais.

“Nós, asiáticos, provavelmente somos mais unânimes em apoiar um ou dois candidatos… veremos qual nome sairá como o principal candidato”, disse Kikuchi ao jornal La Repubblica.