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Amanda Quintiliano

 

Os trabalhadores da Cemig de Divinópolis completaram nesta sexta-feira (29) três dias de greve. No estado o movimento já soma uma semana. Na próxima segunda-feira (02), os funcionários irão se reunir, na parte da manhã, na Usina do Gafanhoto, para definirem se irão manter ou não a paralisação. Hoje cerca de 50% do efetivo paralisou.

 

Demissões registradas essa semana surpreenderam os grevistas que a trataram como represália. De acordo com o Sindicato Regional dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro) a empresa alegou que os dois demitidos, de Divinópolis, e os outros dois da região, já possuem tempo suficiente para se aposentarem. Argumentação contestada pelo Sindieletro.

 

“Na avaliação do Sindieletro, ao demitir a Cemig quer espalhar o terror e fazer pressão em quem já está em greve”, afirmou o presidente regional Celso Primo, acrescentando que nenhum dos demitidos havia aderido à paralisação.

 

“Mesmo assim eles estão pressionando porque já está mais do que demonstrado que a Cemig demite sim, porque as pessoas tinham essa visão de que a empresa não demitia”, completou.

 

A reportagem do PORTAL tentou contato com a assessoria da empresa em Divinópolis, mas até o fechamento desta matéria, por volta de 17h30, ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

 

Reivindicações

 

Os profissionais reivindicam aumento real de 10%, a título de produtividade, transferência dos trabalhadores da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição e piso salarial de R$ 2.685. Eles também cobram um pacto pela saúde e segurança. Desde 1999, ocorreram 114 acidentes com mortes de trabalhadores a serviço da companhia. Os dados são do Sindieletro.