Procurador diz ser “inaceitável” que os restos mortais sejam deixados do modo como estão; Parecer foi dado em recurso impetrado pela associação das famílias

O procurador de Justiça, Antônio Sérgio Rocha de Paula requereu o provimento parcial do recurso para que seja determinada a imediata realização do resgate, da identificação, do acondicionamento e do novo sepultamento dos restos mortais expostos em razão do desabamento do Cemitério da Paz, em Divinópolis. O recurso foi impetrado pela associação formada por familiares.

A partir de agora, os desembargadores da 5ª Câmara Cível, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, decidirão se acatam o pedido de liminar da associação, que agora conta com o apoio do Ministério Público no pleito.

Segundo o procurador, “quanto antes as medidas adequadas sejam tomadas, melhor para todas as partes e para os cidadãos de Divinópolis”

Ele ainda alegou que é importante que as “identificações dos corpos sejam realizadas o quanto antes, pois a cada dia que se passa os preços dos respectivos serviços aumentam, devido à maior dificuldade para sua realização. Não restam dúvidas de que a localização e a identificação dos restos mortais terão que ser realizadas em algum momento, pois é inaceitável que sejam deixados do modo como estão”.

O promotor ainda destacou que “é notório que o desabamento, com a consequente retirada dos corpos dos jazigos e a exposição dos restos mortais, acelerou a decomposição natural, havendo risco evidente de desaparecimento de parte do objeto processual.”

“Com esse parecer, nós, advogados da associação, temos certeza que escolhemos o caminho certo para obter o melhor resultado para o caso: que os culpados pela catástrofe sejam obrigados a resgatar os corpos de imediato”, afirmou um dos advogados das famílias Müller Oliveira,