Marina Assis

 

Para chegar ao índice foram considerados os dados dos municípios da região (Foto: Divulgação)

Para chegar ao índice foram considerados os dados dos municípios da região (Foto: Divulgação)

A região Centro-Oeste, mais uma vez, corre risco de epidemia da Dengue. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (21) pela Superintendência Regional de Saúde. O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), segundo critérios do Ministério da Saúde, coloca a região em estado de alerta. O índice foi de 2,2. Foram levados em consideração os dados levantados nos principais municípios.

 

Só para se ter ideia, o último LIRAa, de Divinópolis, foi 50% superior em relação ao mesmo período do ano passado. Este ano foi de 1,1 contra 0,5 de 2012. De 2012 para 2013 a cidade enfrentou uma das piores crises. Foram 6.950 casos de dengue notificados, 5.994 confirmados como dengue clássica, quatro com complicações e duas mortes.

 

Ranking

 

Bom Despacho lidera o ranking. O último LIRAa classificou a cidade como “risco de surto da doença”. Lá, o índice foi de 6,1, o maior da região. Em seguida, aparece Dores do Indaiá com 4,6 e com a mesma classificação de Bom Despacho. Já Formiga com 2,2, Nova Serrana com 1,8 e Arcos com 1,3, estão em estado de alerta. O menor foi de Divinópolis.

 

“Isso coloca a região em risco de epidemia e já estamos fazendo um trabalho para se preparar caso isso ocorra. Há sim esta possibilidade e é por isso que foi criado em parceria com cada município o Plano de Ações de Enfrentamento da Dengue, na tentativa de evitar óbitos”, declarou Eulino Veloso, referência técnica de combate à epidemia.

 

Em todos os locais, cerca de 90% dos focos estão nas residências.

 

“O maior número de focos está dentro das próprias casas, e com a chegada da chuva e do verão o cuidado tem que ser redobrado, já que nessa época a temperatura é mais propícia para a procriação do mosquito”, afirma.

 

O cálculo

 

Para calcular o índice o município é dividido em grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. Os estratos com índices de infestação predial: Inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias De 1% a 3,9%: estão em situação de alerta Superior a 4%: há risco de surto de dengue