Secretário diz que momento ainda exige cautela porque tempo de internação em UTI está maior

As macrorregiões de Saúde Norte e Sudeste apresentaram queda na incidência e na ocupação de leitos e poderão avançar para a onda amarela do Minas Consciente, plano criado pelo Governo de Minas para garantir a retomada segura da economia no estado.

A decisão, que passa a valer no sábado (15/5), foi tomada nesta quinta-feira (13/5) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a situação da pandemia no Estado. Assim, Minas Gerais possui nove das 14 macrorregiões na onda vermelha (Centro, Centro-Sul, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Oeste, Sul e Triângulo do Sul); e cinco na amarela (Norte, Sudeste, Triângulo do Norte, Vale do Aço e Jequitinhonha).

A macrorregião Jequitinhonha foi mantida na onda amarela, por decisão do Comitê, mas será observada diariamente pelo Grupo Executivo, e poderá regredir para a vermelha caso não haja melhora dos indicadores.

Capacidade assistencial

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, destacou que o momento ainda exige cautela, especialmente porque o tempo de internação em UTI está maior com a nova cepa. Porém, a capacidade assistencial do Estado foi restabelecida.

“Temos algumas regiões que estão tendo alívio, por apresentarem uma folga na capacidade assistencial. Saímos do momento de colapso, vivenciado há 50 dias, em que todo o estado estava na mesma situação ruim, o que não viabilizava transferência de pacientes entre macros. Voltamos ao patamar normal, em que o estado passa a ser heterogêneo de novo. Algumas regiões estão indo bem, com tendência de melhora. Outras estão estabilizadas”, explicou.

Atualmente, a taxa de ocupação de leitos é de 80% para UTI Covid e 74,68% para enfermaria em todo o estado. Já a incidência, caiu 7% na última semana. A positividade atual é de cerca de 38%.

Efetividade

Ainda segundo Baccheretti, a melhora é reflexo da onda roxa, medida emergencial adotada pelo Governo de Minas em março para conter o avanço da pandemia no momento mais crítico.

 “A nossa conclusão é que a onda roxa foi efetiva e ajudou a salvar vidas. Conseguimos reduzir a projeção do pico em até 20%. Isso significa que o pico de óbitos, que foi de 504, poderia ter sido de 600”, destacou.