Na variação acumulada do ano, entre janeiro a agosto, grupo de alimentos apresentou aumento de 4,58%.

A cesta básica de alimentos apresentou nova redução de valores no mês de agosto. De acordo com o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (NEPES) da Faculdade Una Divinópolis, em agosto deste ano, o custo médio da cesta básica foi de R$ 560,32, uma redução de 2,05% em relação a julho, quando o custo da cesta foi de R$ 572,04.

Em agosto, entre os 13 itens que compõe a cesta básica, 5 tiveram aumento nos preços médios na comparação com o mês anterior: banana-prata (28,58%), tomate (28,15%), Açúcar (3,77%), manteiga (1,12%) e carne (0,87%).

No caso da carne bovina, que representa o maior peso (41,5%) na composição da cesta básica de alimentos, foram pesquisados os cortes: chã de dentro e chã de fora.

No mês de agosto foi observado uma elevação de 0,87% em relação a julho no preço médio do quilo da carne bovina de primeira. Em 12 meses, ou seja, de setembro de 2021 a agosto de 2022, o quilo da carne bovina de primeira apresentou alta de 21,1%.

Dos itens que apresentaram redução no mês de agosto, destaque para a batata (23,81%). A queda se deve a maior oferta explicada pelo bom ritmo das colheitas. Outras reduções foram observadas no pão francês (15,69%), no feijão (13,81%), no leite (11,11%) e no óleo (10,78%).

“Para este último em específico, a redução dos preços internacionais da soja, devido a uma demanda menor e ao ritmo menos intenso de negócios, contribuiu para o crescimento da oferta. Internamente, com o aumento da disponibilidade da soja e demanda reduzida, reprimida por causa dos altos patamares de preços do óleo no varejo, houve queda no valor médio”, explica o coordenador da pesquisa, professor Wagner Almeida.

Ainda de acordo com o professor Wagner Almeida, em comparação com agosto de 2021, a cesta básica apresentou elevação de 20,4%. Na variação acumulada do ano, ou seja, entre janeiro a agosto, a cesta básica de alimentos apresentou aumento de 4,58%.

Salário Mínimo

Segundo o levantamento realizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (NEPES) da Faculdade Una Divinópolis, para o trabalhador remunerado pelo piso nacional, R$ 1.212,00, o custo da cesta básica em agosto foi equivalente a 46,2% do salário mínimo bruto. Em agosto de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 42,3%.

“Considerando o salário mínimo liquido, em agosto de 2022, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador precisou comprometer 49,9% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês”, concluiu Wagner.

A pesquisa ainda estima que o Salário Mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 4.707,25 ou 3,88 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em agosto de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 3.909,33 ou 3,55 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100,00.

Em relação ao tempo de trabalho necessário para compra da cesta básica, com base no valor médio da cesta básica em agosto/2022, o tempo médio pra adquirir os produtos da cesta foi de 101 horas e 42 minutos, menor do que o registrado em julho, de 103 horas e 50 minutos. Em agosto de 2021, a jornada necessária ficou em 93 horas e 04 minutos.

Pesquisa

O Boletim Econômico elaborado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (NEPES) da Faculdade UNA Divinópolis, tem como objetivo fazer levantamentos de preços e fornecer informações sobre um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A pesquisa desta edição foi realizada entre os dias 23 a 27 de agosto com levantamento de preços praticados em 05 diferentes estabelecimentos do ramo de produtos alimentícios de Divinópolis, que possuem em sua estrutura açougue, padaria e hortifrúti.

A metodologia utilizada para a coleta dos dados segue as orientações sugeridas pelo Departamento intersindical de estatística e estudos socioeconômicos (DIEESE). Esta cesta, chamada Cesta Básica de Alimentos, composta por 13 produtos alimentícios, seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta, durante um mês, contendo quantidades balanceadas de todos os nutrientes necessários a manutenção da saúde.