Belo Horizonte- MG, Brasil- 21/01/2015- A Polícia Civil de Minas Gerais criou um aplicativo da Delegacia Virtual para celulares e dispositivos móveis que utilizam o sistema operacional Android. Agora o cidadão pode contar com a facilidade do registro de ocorrências de acidente de trânsito sem vítimas pelo celular. O novo recurso permitirá também que o usuário obtenha informações de localização por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS) e que possa acionar a câmera de seu aparelho para anexar imagens e filmes em uma ocorrência. Os outros serviços da Delegacia Virtual serão inseridos gradativamente no aplicativo. De acordo com a superintendente-adjunta de Informações e Inteligência Policial, delegada Yukari Miyata, esta é uma maneira de melhorar o atendimento: “A expectativa é que a nova ferramenta possibilite a redução no fluxo nas delegacias”, afirma. O documento pode ser usado também para fins de acionamento da seguradora, comprovação de extravio de documentos e outros fins. Foto: Henrique Chendes/Imprensa MG

Desde o dia 1º de janeiro, os formulários dos Registros de Eventos de Defesa Social (REDS), nome atual em Minas Gerais dos antigos boletins de ocorrência, têm campos predefinidos para anotação do nome social, orientação sexual e de identidade de gênero. Também estão disponíveis novas opções de preenchimento de causa e ou motivação presumidas do crime, que contemplam situações específicas de preconceito por orientação sexual, de preconceito racial, de cor e étnico, de preconceito religioso e de sexismo.

As alterações foram implantadas no ambiente digital do REDS pelos técnicos do Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), com base em normas baixadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e em orientações da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. O objetivo é proporcionar ao setor público e à sociedade um quadro mais preciso da violência relacionada a preconceitos para embasar políticas de prevenção e combate a esses tipos de crimes.

A diretora de Estatística e Análise da Seds, Ana Luiza Werneck Passos Veronezi, explica que as informações sobre orientação sexual e identidade de gênero têm de ser autodeclaradas.

Em relação à causa/motivação dos crimes contra a pessoa, contra a dignidade sexual e a família, crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, e crime de autoextermínio (suicídio), o REDS passou a ter opções de preenchimento mais precisas. Para orientação sexual: homofobia, lesbofobia, biofobia e transfobia. Para preconceito racial/de cor/étnico: racismo e xenofobia.

Para preconceito religioso: intolerância religiosa. Criou-se, por fim, a opção ‘sexismo’, em que se enquadra, principalmente, o machismo.