Os quase 35 médicos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI – adulto) do Hospital São João de Deus (HSJD) paralisaram as atividades parcialmente. Desde segunda-feira (29) apenas os casos de urgência estão sendo recebidos. A situação também continua normal para os pacientes que já estavam internados. A decisão atinge tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) como convênios e internações particulares.
A decisão ocorreu devido ao atraso de três meses do pagamento dos médicos. O valor devido não foi divulgado pela Assessoria de Comunicação da Hospital, mas a suspensão das cirurgias eletivas foi confirmada. Ainda segundo a Assessoria, não há previsão de retorno. Ela também se limitou a passar mais informações, pois ainda não conseguiu contato com a superintendência do hospital.
Os atrasos são apenas um dos motivos para a suspensão parcial dos atendimentos. A redução de profissionais para compor a equipe é outro problema apontado pelos médicos. O São João de Deus conta com 20 leitos de UTI. Atualmente, segundo o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Divinópolis, vereador Edmilson Andrade (PT), cerca de mil pessoas estão na fila esperando por algum tipo de cirurgia.
Esperança
A esperança para regularizar os débitos com o corpo clínico eram os repasses de R$ 4,5 milhões por parte do governo estadual e de R$ 3 milhões pelo município. Divinópolis já depositou, no final do mês passado, a primeira parcela de R$ 300 mil. Mas, o HSJD continua aguardando a parcela de R$ 1,5 milhão prometida pelo Estado. Até às 09h30 desta quarta-feira (02) a Assessoria da unidade não havia confirmado o depósito na conta do hospital.
A Secretaria de Estado de saúde de Minas Gerais, por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, informou que a parcela para pagamento dos profissionais médicos foi depositado na conta do Fundo Municipal de Saúde de Divinópolis nesta terça-feira (01). Agora, o município deverá fazer o repasse para o hospital.
